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Coronel que confessou tortura aparece morto. Têm início as teorias conspiratórias

Leiam o que vai no Estadão. Volto em seguida. O coronel reformado do Exército Paulo Malhães foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira, 25, no sítio em que morava em Nova Iguaçu (cidade na Baixada Fluminense). O corpo apresentava marcas de asfixia, segundo a Polícia Civil. Malhães prestou depoimento em março à Comissão Nacional da […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h59 - Publicado em 25 abr 2014, 17h07
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  • Leiam o que vai no Estadão. Volto em seguida.

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    O coronel reformado do Exército Paulo Malhães foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira, 25, no sítio em que morava em Nova Iguaçu (cidade na Baixada Fluminense). O corpo apresentava marcas de asfixia, segundo a Polícia Civil.

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    Malhães prestou depoimento em março à Comissão Nacional da Verdade em que relatava ter participado de prisões e torturas durante a ditadura militar. Dias antes, à Comissão Estadual da Verdade do Rio, afirmou ter sido um dos chefes do grupo envolvido com a prisão do ex-deputado Rubens Paiva, morto sob tortura em dependências do Exército em 1971. Na ocasião, admitiu ter participado da operação de sumiço do corpo do parlamentar, mas ao falar à Comissão Nacional voltou atrás nas declarações e negou envolvimento no caso.

    De acordo com o relato da viúva do coronel, Cristina Batista Malhães, três homens invadiram o sítio de Malhães na noite desta quinta-feira, 24, à procura de armas. O coronel seria colecionador de armamentos, disse a mulher aos policiais da Divisão de Homicídios da Baixada que estiveram na propriedade. Cristina disse que ela e o caseiro foram amarrados e trancados em um cômodo, das 13h às 22h desta quinta-feira pelos invasores.

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    Em seu blog, o coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, afirmou que Malhães foi assassinado e, no mesmo texto, lembrou a morte de outro coronel, também ex-agente da ditadura, Júlio Miguel Molina Dias, ocorrida em 2012. Ustra comandou o DOI-CODI, em São Paulo, entre 1970 e 1974. No fim de março, durante atos que lembraram os 50 anos do golpe militar, Ustra foi alvo de manifestações de grupos de direitos humanos que pedem a punição de ex-agentes da ditadura.

    Comento
    O fato já vem pronto para as teorias conspiratórias. Alguns dirão que foi vítima de grupos de extrema-direita, que estariam interessados no seu silêncio. Outros dirão que morreu em razão da ação de vingadores da extrema-esquerda. Tudo é possível? Gente como esse coronel perde o direito de ser vítima de crime comum — o mais provável, acho eu.

    Durante seu depoimento, pareceu-me já um tanto alheio à realidade. O espetáculo foi deprimente. Fez confissões que me soaram um tanto megalômanas e depois recuou. Vamos ver. Uma coisa é certa: a investigação tem de ser cercada de todos os cuidados. Qualquer nota fora do tom dará início a reações paranoicas.

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