Chanceler pede explicações a embaixador dos EUA sobre espionagem
Por Gabriel Castro, na VEJA.com. Volto no próximo post. O ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, recebeu na manhã nesta segunda-feira o embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon. O chanceler brasileiro pediu explicações do diplomata sobre revelação de que a presidente Dilma Rousseff e alguns de seus auxiliares foram espionados pelo governo dos Estados […]
Por Gabriel Castro, na VEJA.com. Volto no próximo post.
O ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, recebeu na manhã nesta segunda-feira o embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon. O chanceler brasileiro pediu explicações do diplomata sobre revelação de que a presidente Dilma Rousseff e alguns de seus auxiliares foram espionados pelo governo dos Estados Unidos.
A presidente Dilma Rousseff, que ainda não se falou sobre o caso, se reúne nesta segunda-feira com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em encontro marcado para as 15 horas. Ainda durante a manhã, a presidente recebe o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, também para tratar do tema. O governo pretende dar uma resposta à denúncia, embora saiba que a postura do governo americano dificilmente mudará.
Espionagem
O caso foi mostrado pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo. Segundo a reportagem, o nome de Dilma aparece em uma apresentação produzida internamente para funcionários da NSA e intitulada “Filtragem inteligente de dados: estudo de caso do México e do Brasil”. De acordo com o material, o objetivo do monitoramento ao Brasil seria “melhorar a compreensão dos métodos de comunicação” entre a presidente e seus assessores.
A denúncia foi baseada em um documento secreto obtido pelo jornalista americano Glenn Greenwald, do jornal inglês The Guardian. Greenwald foi um dos primeiros a revelar o esquema de espionagem eletrônica da agência americana e do governo Obama, delatado pelo ex-analista da NSA Edward Snowden. As revelações surgem cerca de um mês antes de uma viagem de Dilma Rousseff para Washington, onde vai se encontrar com o presidente dos EUA, Barack Obama.