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Cardozo e a violência: cinco meses depois de flertar com o caos, a tentativa de dar uma resposta

Que bom que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, está empenhado em combater a ação dos black blocs, ou que nome tenham os desordeiros. Já demonstrei aqui como o próprio ministro e o governo que ele integra contribuíram para a desordem. No que diz respeito a São Paulo, as falas eram de uma impressionante irresponsabilidade. […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 05h03 - Publicado em 5 nov 2013, 15h23
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  • Que bom que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, está empenhado em combater a ação dos black blocs, ou que nome tenham os desordeiros. Já demonstrei aqui como o próprio ministro e o governo que ele integra contribuíram para a desordem. No que diz respeito a São Paulo, as falas eram de uma impressionante irresponsabilidade. O tiro saiu pela culatra. O flerte — do Planalto e de setores da imprensa — com a bagunça e a certeza da impunidade espalharam a bagunça Brasil afora. Coisa de uma minoria? Certamente! Só que causa grandes transtornos à maioria.

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    Como esquecer a entrevista dada por Cardozo à Folha, no dia 17 de junho, em que ele censura com dureza a Polícia de São Paulo por seus ditos “abusos”? Naquele mesmo dia, mascarados lincharam policiais no Rio e incendiaram o centro da cidade. Três dias depois, em Brasília, a metros da sala de trabalho do ministro, meterem fogo no Itamaraty. Isso tudo se deu em junho. O governo discute o que fazer quase cinco meses depois. É o padrão.

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    Espionagem
    O governo brasileiro superestimou o caso da espionagem feita pelos EUA já de olho no calendário eleitoral. Posar de adversário duzamericânu rende a admiração dos tolos. Então… Agora que o óbvio vem à luz — a Abin também espiona —, o discurso da indignação perde sentido.

    Cardozo, vejam o post anterior, diz que o que se faz por aqui é outra coisa; é contraespionagem. Sustenta que as nossas operações secretas não violam direitos básicos de ninguém… Não? Como saber? O bom trabalho de reportagem de Lucas Ferraz, da Folha, revela as operações que foram feitas, os alvos etc. Mas não sabemos detalhes da operação propriamente; não se desceu a minudências do procedimento — talvez por falta de alguém que exerça o mesmo papel de Edward Snowden. É claro que a coisa por aqui é mais acanhada, de dimensão muito menor etc. Mas, em essência, estamos, sim, a falar da mesma coisa: governos espionam. E, obviamente, isso não é novo — assim é desde que o mundo é mundo… Dario, o persa, já tinha agentes seus espalhados pelo mundo conhecido… Seus eunucos eram notórios espiões.

    E notem: não estou aqui a sugerir que a Abin fez algo de especioso ou de irregular. A rigor, essas operações jamais deveriam ser do nosso conhecimento — e o mesmo vale para as ações da NSA. O episódio ocorrido em Banânia contribui para devolver as coisas a seu devido lugar.

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