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Bancada do PT na Câmara: a maioria é favorável a tudo o que não presta

No sábado, publiquei aqui vários posts sobre a pesquisa feita pelo G1 com deputados que comporão a nova Câmara Federal. O portal conseguiu ouvir 414 dos 513 deputados sobre os mais variados temas. A maioria se disse favorável, por exemplo, ao financiamento público de campanha, mas contra o voto em lista fechada; favorável à redução […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h00 - Publicado em 31 jan 2011, 15h29

No sábado, publiquei aqui vários posts sobre a pesquisa feita pelo G1 com deputados que comporão a nova Câmara Federal. O portal conseguiu ouvir 414 dos 513 deputados sobre os mais variados temas. A maioria se disse favorável, por exemplo, ao financiamento público de campanha, mas contra o voto em lista fechada; favorável à redução da jornada de trabalho, mas contra a descriminação da maconha e do aborto; contra o fator previdenciário, mas favorável ao piso nacional para policiais. Comentei alguns desses assuntos polêmicos e depois escrevi um texto sobe o conjunto de dados cujo título é “Quem pode ferrar o Brasil? As esquerdas, como sempre! (aqui). Muita gente reclamou: “Como você pode afirmar isso?”

Bem, afirmei com base no que constatei. Em temas relativos a costumes e afins, fica evidente que a Câmara é saudavelmente conservadora. Ela é muito “progressista” quando se trata de sacar dinheiro do erário para fazer “justiça social”. Os deputados querem, por exemplo, o piso nacional para policiais — a referência é o que se paga no Distrito Federal —, a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário e dividir igualmente os royalities do petróleo. E quem paga a conta? O Tesouro!

Hoje, o G1 detalha os votos segundo a bancada. Adivinhem em qual delas os partidários da descriminação das drogas e do aborto são maioria… Bidu! Você não perderá um mindinho se apostar. Como o texto do G1 deixa claro, ouviram-se, proporcionalmente, mais deputados do DEM (86%) do que do PSDB, por exemplo (66%). Em todo caso, a tendência dos partidos fica clara. Ah, sim: a maioria dos petistas também quer o voto em lista fechada, aquele sistema que elege deputados sem rosto. Leia.
*
A maioria dos deputados do PT, partido da presidente Dilma Rousseff, tem posição divergente da dos parlamentares dos outros três principais partidos brasileiros – o aliado PMDB e os oposicionistas PSDB e DEM – sobre algumas das principais questões polêmicas de levantamento realizado pelo G1 – nesta terça, os novos parlamentares tomam posse.

Durante 60 dias (entre 29 de novembro e 27 de janeiro), o G1 procurou todos os 513 futuros deputados e conseguiu falar com 446, dos quais 414 (81%) aceitaram responder ao questionário proposto com 13 perguntas. Da nova bancada do PT, a reportagem ouviu 71 (80,6%) dos 88 deputados. Do PMDB, responderam 61 (78,2%) do total de 78; do PSDB, foram 35 (66%) em 53; e, do DEM, 37 (86%) de 43.

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Aborto
A maior parte dos deputados da bancada petista se disse favorável à descriminalização do aborto (34 a favor, 27 contra, 3 em termos e 6 não souberam responder). Entre os deputados do PMDB, 36 se disseram contra a descriminalização, 10 a favor, 10 em termos e 5 não souberam responder, entre os do PSDB, foram 32 contra, 2 a favor e 1 em termos, e entre os do DEM, 33 contra, 2 em termos e 2 não souberam responder.

Maioridade penal
A maioria dos deputados petistas também declarou contra plebiscito sobre a redução da maioridade penal (56 contra, 11 a favor e 3 não souberam responder). Nos outros três partidos, a proposta seria aprovada com folga, de acordo com os deputados ouvidos pelo G1 – no PMDB, 43 se disseram a favor do plebiscito e 15 contra (3 não souberam responder), no PSDB, 21 afirmaram ser a favor e 14 contra, e no DEM, o placar foi de 27 a 9 (1 não soube responder).

Nova CPMF
O posicionamento também é diferente na bancada do partido em relação à criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), imposto semelhante à extinta CPMF (54 a favor, 12 contra e 4 não souberam responder). Os deputados ouvidos das bancadas de PMDB, PSDB E DEM se manifestaram contra – no PMDB foram 45 contra, 10 a favor e 6 não souberam responder; no PSDB, 33 contra, 1 a favor e 1 não soube responder; e no DEM, 33 contra e 4 a favor).

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Lei da Palmada
Sobre a Lei da Palmada, que prevê punições a pais ou responsáveis que aplicam castigos físicos aos filhos, a maioria dos petistas se manifestou a favor da proposta (34 a favor, 24 contra e 12 não souberam responder). Nos outros três partidos, a maior parte dos parlamentares afirmou ser contra a proposta (PMDB: 33 contra, 18 a favor e 10 não souberam responder; PSDB: 25 contra, 8 a favor e 2 não souberam responder; e DEM: 23 contra, 12 a favor e 2 não souberam responder).

PSDB contra voto em lista
O PSDB, por sua vez, foi o único partido em que a maioria dos deputados ouvidos se disse contra o voto em lista fechada (em que o eleitor vota em uma lista de candidatos definida pelo partido) e o fim do fator previdenciário (mecanismo que reduz o benefício pago a quem se aposenta mais jovem), com 18 votos contra, 11 a favor e 6 dos que não souberam responder. Nos outros três partidos, o resultado foi o seguinte: PT, 48 a favor, 17 contra e 5 não souberam responder; PMDB, 29 a favor, 23 contra e 9 não souberam responder, e DEM 24 a favor, 11 contra e 2 não souberam responder.

DEM contra redução da jornada
O DEM é o único partido, dentre os quatro maiores, cuja maioria dos deputados ouvidos pelo G1 se manifestou contra a redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40 horas sem redução de salários. Dos 37 deputados do partido que responderam ao questionário, 24 se declararam contra a proposta, 11 a favor e 2 não souberam responder. No PT, o tema tem ampla maioria entre os deputados ouvidos: 68 a favor, 2 contra e 1 não soube responder. No PSDB, a questão é mais dividida (15 votos a favor, 13 contra e 7 não souberam responder). No PMDB, 27 deputados se manifestaram a favor da redação da jornada, 17 contra e 17 não souberam responder.
(…)

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