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Alckmin, Doria, RS e salvador da pátria da direita. Ajuda Luciano

No Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, prefeito de São Paulo diz que Lula não é o “salvador da pátria”. Aí a direita pediu um... salvador da pátria

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 11 abr 2017, 08h22 - Publicado em 11 abr 2017, 08h05
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  • Os tucanos Geraldo Alckmin, governador do Estado, e João Doria, prefeito de São Paulo, concederam uma entrevista conjunta na manhã de ontem, depois de uma reunião entre os respectivos secretariados. O objetivo é evidenciar integração entre as duas esferas de administração. Indagado se o prefeito seria um bom candidato ao governo de São Paulo, Alckmin afirmou: “Ele seria um ótimo candidato a tudo”.

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    Horas depois, ao falar no 30º Fórum da Liberdade, que acontece na PUC-RS, em Porto Alegre, Doria deu a entender, creio, que é mesmo pré-candidato à Presidência. Voltou àquele que é um seu tema cotidiano: “Lula, você não é salvador de nada. Você quase destruiu o Brasil e o sonho de milhões de brasileiros, de milhões de jovens, de milhares de crianças. Você não vai destruir outra vez o sonho de o Brasil ser um país honesto, um país decente, que sabe seus valores”.

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    Não é uma fala própria de um “ótimo candidato a governador”, certo? Até porque, convenham, se Lula for candidato a alguma coisa, caso a Justiça não o impeça, será à Presidência.

    A dinâmica da Lava Jato, afirmando que todos os gatos são pardos e que todos os pecados se compensam, ressuscitou a esquerda, que saiu, digamos, semimorta das eleições de 2016. Mais ainda: a agenda das reformas — que são vitais para o país — ajuda a fomentar e a fermentar o discurso esquerdista. É fatal que seja assim. Ainda que o governo saiba que está a dar palanque aos “companheiros”, não lhe resta alternativa.

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    Ora, vamos ser claros, não? Doria não elegeu Lula como o seu alvo fixo porque o petista esteja fraco ou seja carta fora do baralho. Em política, não se bate em cachorro morto. Aliás, que utilidade isso teria em qualquer área. Se decidiu ser o antípoda do petista, confere ao adversário uma grandeza comparável àquela que considera ser a sua própria. Isso, como veem, é mero exercício de lógica. Obviamente, Lula e o PT, apesar de todas as dificuldades, apesar da melancolia de seu “processo eleitoral”, já não estão mais tão fracos como no ano passado.

    A direita xucra merece, claro!, bastante crédito por isso. Ao demonizar a política e os políticos, fez um esforço danado — e bem-sucedido — para ressuscitar o PT.

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    Uma ilha
    Doria discursou, leio na Folha, a uma plateia entusiasmada, com a presença maciça de jovens. O Fórum da Liberdade é, sim, um evento importante, mas é evidente que não se pode tomá-lo como uma medida do que acontece nem no próprio Rio Grande do Sul. Desde a volta das eleições diretas para os Executivos estaduais, o Estado nunca reelegeu um governador. Dos dez, só três carregam, vá lá, ao menos um sotaque liberal, independentemente das qualidades pessoais: Jair Soares (PDS; 1983-1986; Antônio Britto (PMDB; 1995-1998) e Yeda Crusius (PSDB; 2007-2010). O Estado já elegeu o brizolista Alceu Collares (PDT; 1991-1994) e os petistas Olívio Dutra (1999-2002) e Tarso Genro (2011-2014).

    Na capital gaúcha, então, a coisa é bem pior aos olhos de um liberal. Desde a volta das diretas nas capitais, em 1985, a cidade elegeu sete prefeitos distintos. Desse total, só o atual, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), tem viés liberalizante. Bem à sua esquerda, mas não ainda de esquerda, está o peemedebista José Fogaça, eleito e reeleito (2005-2010) — seu vice, o pedetista José Fortunati, completou seu segundo mandato (2010-2012) e depois se reelegeu (2013-2016). Os outros são o brizolista Alceu Collares (1986-1988) e os petistas Olívio Dutra (1989-1993); Tarso Genro (1993-1997); Raul Pont (1997-2001) e Tarso de novo (2001-2002), em mandato complementado por João Verle (2002-2004).

    Como se nota, no Rio Grande do Sul, o liberalismo ainda faz pouco verão. Mas é bom que seja entusiasmado.

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    De volta ao salvador da pátria
    Doria, como vimos, em seu discurso, afirmou que Lula não é o “salvador da pátria”. E não é mesmo.

    Aí leio na Folha:
    Quatro garotos eram os primeiros da fila. Com idades entre 14 e 18 anos, disseram que votarão em Doria para presidente em 2018, se ele for candidato. Caso Doria não seja candidato, estão divididos entre o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e o empresário Roberto Justus. O estudante de direito Breno Gallo, 18, votaria em Bolsonaro como segunda opção, mas não o considera suficientemente liberal: “ele tem ideias protecionistas para a economia”. Já os colegas disseram simpatizar com as ideias de Justus, mas ainda têm esperança de que Doria possa concorrer: “ele é mais experiente”, disseram

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    Bolsonaro? Justos? Mas melhor João Doria?

    Entendi.

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    A direita quer um “salvador da pátria” — o seu…

    “Ajuda Luciano”!

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