Assine VEJA por R$2,00/semana
Reinaldo Azevedo Por Blog Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

Ainda o celibato de Jesus e a clareza

Esse meu ofício é mesmo interessante. Eu pago um pato considerável por jamais ser ambíguo. Ali onde muitos dos meus coleguinhas jogam aquele tatibitate gostoso, nem isso nem aquilo, eu mando brasa. Mesmo quando me refiro ao futuro, deixo claro que não tenho bola de cristal, mas digo para onde aponta a lógica. Não obstante […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 07h50 - Publicado em 19 set 2012, 14h01
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Esse meu ofício é mesmo interessante. Eu pago um pato considerável por jamais ser ambíguo. Ali onde muitos dos meus coleguinhas jogam aquele tatibitate gostoso, nem isso nem aquilo, eu mando brasa. Mesmo quando me refiro ao futuro, deixo claro que não tenho bola de cristal, mas digo para onde aponta a lógica. Não obstante esse esforço, há ainda quem insista em ler coisas que eu não escrevi.

    Publicidade

    É o caso do tal fragmento de papiro. Afirmei um fato e uma opinião até óbvia. O fato: a historiadora em questão é chegadita a uma, como posso dizer?, leitura feminista do cristianismo. Nenhum problema! Eu também sou. Já escrevi aqui, com base em bibliografia específica, que as mulheres foram as primeiras propagadoras da religião em razão da interdição do aborto e da proibição da poligamia. A opinião óbvia: eu acho que tal fragmento é muito pouco para mudar o que se tem firmado a respeito. Aliás, ela própria acha isso.

    Publicidade

    Eu nem disse se achava bom ou mau Jesus ter tido ou não mulher. Também não tratei da minha fé. Alguns leitores podem achar, como escreveram, que ela é incompatível com o meu pensamento ou sei lá o quê. Mas não pelo post que escrevi, ora. Não entrei no mérito.

    E trouxe, adicionalmente, uma informação objetiva e uma interpretação da história. A informação objetiva: o celibato de Jesus não é um dogma da Igreja Católica, como se tem escrito por aí. A interpretação histórica: considerando que a esterilidade era vista como uma maldição e que a prole era uma bênção — vejam o caso de Abraão, Sara e Isaac —, o celibato, especialmente dos primeiros fundadores da Igreja, era certamente visto como uma grande renúncia em nome da causa, valor que permanece hoje. Mas Paulo advertia, como sabem: “Melhor casar do que abrasar-se”.

    Em tempo: está nos arquivos, podem procurar: eu sou contra o celibato sacerdotal. Como ele não cai tão cedo, é melhor abrasar-se fora da hierarquia da Igreja do que ferir a reputação da instituição.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.