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Advogados de Marisa emitem nota: o próprio e o impróprio

Até onde se sabe, Marisa foi informada há 10 anos da existência de aneurisma, que ninguém sabe quando se formou

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 6 fev 2017, 16h33 - Publicado em 3 fev 2017, 23h14
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  • Os advogados Cristiano Zanin Martins, Valeska Teixeira Martins, Larissa Teixeira e Roberto Teixeira emitiram uma nota nesta sexta sobre a morte de Marisa Letícia.

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    Compreende-se. Falam ali os defensores e amigos. Martins é casado com Valeska, filha de Teixeira, padrinho de um dos filhos de Lula e, creio, o mais antigo amigo do casal Lula da Silva que se conhece.

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    A nota dos advogados não surpreende no que concerne à culpa ou à inocência de Marisa — só faltava ser o contrário. Também se espera que desqualifiquem, como fizeram, a acusação e que coloquem em dúvida a honorabilidade dos acusadores. Até aí, tudo dentro do esperado.

    Mas o texto também dá uma escorregada.

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    Vamos a ele.

    “Marisa não poderá, lamentavelmente, ver triunfar o reconhecimento de sua inocência por um juiz imparcial.

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    A consequência jurídica do seu falecimento nesta data (03.02.2017) será a extinção, em relação a ela, das duas ações penais propostas — de forma irresponsável — pelo Ministério Público Federal.

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    Foi com muito orgulho que atuamos na defesa de uma pessoa digna e honesta, que foi injustamente perseguida e vítima de falsas acusações.

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    Reafirmamos nossa expectativa de que prevaleça a justiça nas ações que propusemos em seu favor, com o objetivo de reparar sua honra e imagem e ainda responsabilizar aqueles que cometeram os atos ilegais e arbitrários que resultaram nas violações que tanto a impactaram.

    Em 4 de março de 2016, D. Marisa teve sua casa invadida por um exército de policiais e viu sua vida e intimidade, assim como a de seus filhos e netos, expostas na mídia nacional e internacional. Os danos foram insuperáveis.

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    Reafirmamos igualmente o compromisso de lutar por uma justiça imparcial, fundamental ao Estado Democrático de Direito.”

    Retomo
    Há uma frase excessiva, injustificável: “Os danos foram insuperáveis”. É evidente que fica a sugestão de que o evento que colheu Marisa deriva da investigação e, em particular, da ação da Polícia Federal.

    E, obviamente, as coisas não se dão desse modo. Marisa sabia, por exemplo, ser portadora de um aneurisma. Há escolhas aí.

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    Com efeito, uma vez portadora de tal problema, a tensão constante, a irritação, os embates… Num hipertenso, por exemplo, pode-se estar com uma bomba-relógio.

    Obviamente não faz sentido ignorar a quadra então vivida por Marisa ao tratar do mal que a colheu. Mas é despropositado sugerir que, não fosse isso, tudo estaria bem.

    Errado. Até onde se sabe, Marisa foi informada há 10 anos da existência de aneurisma, que ninguém sabe quando se formou.

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    Dizer o quê? Em 2006, Lula era um semideus. Reelegeu-se para a Presidência, e nada havia contra ele — de pessoal ao menos — ou contra sua mulher.

    Ainda assim, lá estava o aneurisma.

    É preciso tomar muito cuidado com essas coisas. De todos os lados.

    Vimos o presidente Michel Temer ser hostilizado ao visitar Lula e família no hospital. É impróprio. É errado. É inútil.

    Quanto à exploração vigarista nas redes, com meliantes morais atacando o ex-presidente e sua família em razão da tragédia por eles vivida, dizer o quê?

    Nenhum bicho alcançou o que, humanos, alcançamos. Em maravilha e abjeção.

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