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Abramovay, aquele que não “agüenta mais” os pedidos de Dilma e Gilberto Carvalho para fazer dossiês, pediu — e conseguiu — cargo para a mulher na Casa Civil

Lembram-se de Pedro Abramovay? É o secretário nacional de Justiça que, em diálogos gravados, reproduzidos pela revista VEJA na edição desta semana, diz não “agüentar mais” os pedidos de Dilma e Gilberto Carvalho para fazer dossiês. Agora leiam o mimo que segue. Volto em seguida: Por Lucas Ferraz, na Folha Online: A mulher do secretário […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h48 - Publicado em 28 out 2010, 07h27

Lembram-se de Pedro Abramovay? É o secretário nacional de Justiça que, em diálogos gravados, reproduzidos pela revista VEJA na edição desta semana, diz não “agüentar mais” os pedidos de Dilma e Gilberto Carvalho para fazer dossiês. Agora leiam o mimo que segue. Volto em seguida:

Por Lucas Ferraz, na Folha Online:
A mulher do secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, ganhou, no mês passado, um cargo na subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. O chefe dela é Beto Vasconcelos, advogado como Abramovay e um de seus melhores amigos. A Folha apurou que a nomeação de Carolina Haber, no último dia 6 de setembro, partiu de um pedido do marido. Pedro Abramovay e a Casa Civil negam.

A nomeação dela fere a súmula do Supremo Tribunal Federal que proibiu o nepotismo nos três Poderes. Ela proíbe “a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente (…) em cargo de direção, chefia ou assessoramento (…) na administração pública direta ou indireta em qualquer dos Poderes da União”.

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ao analisar dois casos, considerou que “configura nepotismo a nomeação de servidor ocupante de cargo comissionado, que possua parente até terceiro grau exercendo cargo de direção, chefia ou assessoramento ainda que ausente de subordinação hierárquica” e optou pela demissão.

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A Presidência da República entende diferente. Em decreto editado em junho para normatizar o assunto, disse ser possível contratar parentes em órgãos diferentes, como é o caso do Ministério da Justiça e Casa Civil.
(…)
Carolina Haber atua em cargo comissionado. À Folha, ela disse não ver “problema” em ser casada com Abramovay e atuar na Casa Civil. “São órgãos diferentes. Eu tenho qualificação para trabalhar aqui, sou formada em direito, tenho mestrado, estou fazendo doutorado.”

Carolina também trabalhou na SAL (Secretaria de Assuntos Legislativos), órgão do Ministério da Justiça que foi chefiado por Pedro Abramovay. “Não éramos casados”, disse. O casamento, disse ela, se deu em março. Eles vivem juntos mas não são casados no papel.

Por meio de assessoria, Abramovay disse que a “contratação foi feita em estrita consonância com as regras legais vigentes, baseada em análise de currículo e entrevista”. Desde que a revista “Veja” divulgou diálogo em que ele diz não suportar mais pedidos de Dilma Rousseff e de Gilberto Carvalho (chefe de gabinete do presidente Lula) para fazer dossiês, ele não falava com a imprensa.

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Beto Vasconcelos afirmou que não atendeu pedido de Abramovay para contratar sua mulher. “Faço uma seleção rigorosa de currículos e contrato pela experiência e competência”, disse. “A decisão de contratar foi minha, eu já conhecia o trabalho da Carolina e a procurei”, disse Vasconcelos.

Comento
Então… Com um currículo coruscante como esse, Carolina certamente arrumaria um bom emprego no setor privado. Mas prefere o serviço público, onde o marido é chefe , mas de outro departamento… Ah, bom! Se é assim… Beto Vasconcelos precisava de alguém qualificado. Pensou, pensou, pensou e não viu outra alternativa: a mulher do amigo.

O tempo passa, as gerações se renovam, mas as desculpas continuam as mesmas.

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