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A versão de Roberto Teixeira

Por Fabio Graner e Isabel Sobral, no Estadão On Line. Volto no post seguinte:O advogado Roberto Teixeira negou nesta quarta-feira, 18, em entrevista coletiva que tenha havido interferência da ministra Dilma Rousseff na operação de venda da Varig. “Jamais. Comigo ou por interferência minha ela teve qualquer contato”, afirmou, declarando ainda que não é amigo […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 19h21 - Publicado em 18 jun 2008, 15h35
Por Fabio Graner e Isabel Sobral, no Estadão On Line. Volto no post seguinte:
O advogado Roberto Teixeira negou nesta quarta-feira, 18, em entrevista coletiva que tenha havido interferência da ministra Dilma Rousseff na operação de venda da Varig. “Jamais. Comigo ou por interferência minha ela teve qualquer contato”, afirmou, declarando ainda que não é amigo de Dilma e tem um distanciamento normal, um relacionamento puramente formal.
A denúncia foi feita pela ex-diretora da Anac Denise Abreu em entrevista ao Estado. Em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Teixeira disse que ele tem de “cuidar do Brasil e não vai interferir em relações puramente comerciais”.
Sobre a foto em que ele aparece no Palácio do Planalto acompanhando os donos da Gol, que adquiriram a Varig, Roberto Teixeira explicou que a reunião com o presidente Lula ocorreu porque o caso Varig foi o primeiro de “sucesso” de aplicação da nova lei de falências. “Ao término dessa solução, foi normal que isso fosse apresentado ao presidente”, disse Teixeira, acrescentando que não foi ele quem agendou a audiência, e sim o presidente da Gol, Constantino Junior. Ele lembrou ainda que, no evento, a imprensa teve autorização para fazer imagens.
O advogado criticou o não-comparecimento dos três sócios da VarigLog à Comissão de Infra-Estrutura do Senado. “É uma surpresa que os acusadores aqui não estejam. A desculpa apresentada é deslavada, é risível”, disse Teixeira, explicando que a audiência judicial que serviu de justificativa para os sócios não comparecerem ao Senado não exigia, por ser um agravo de instrumento, a presença deles.
“Não vou entrar no mérito, mas acho que quem acusa teria que ter de ter disposição de estar à disposição, de manter e sustentar”, afirmou. Teixeira disse que compareceu à comissão com “algum sacrifício pessoal”, porque tem problemas cardíacos e teve a recomendação médica para não comparecer. “Mas não podia deixar de responder questões que estavam pendentes e explicitar as questões que envolvem a VarigLog e questões que envolvem a Varig”, diz Teixeira.

US$ 5 milhões
O advogado voltou a negar que recebeu US$ 5 milhões do empresário Marco Antonio Audi, e disse que o escritório recebeu apenas algo em torno entre US$ 300 mil a US$ 350 mil. Destacou ainda que o valor não era só para ele, pessoalmente, mas para toda a equipe de trabalho que recebia, individualmente, conforme as horas de trabalho. Ele afirmou que Audi tem mudado as versões sobre o pagamento. “A cada instante, os argumentos mudam, porque não correspondem à verdade”, afirmou.
Teixeira disse que a contratação de seu escritório compôs um pool de outros escritórios de advocacia, e não foi feita para aprovar a venda da VarigLog, que já estava aprovada pelo Departamento de Aviação Civil (DAC), mas sim para intervir no processo de recuperação judicial “onde teríamos de buscar sucesso para os clientes na aquisição da unidade produtiva Varig”.
Roberto Teixeira disse que todos os procedimentos no processo foram “judiciais”. “Nunca fizemos, em qualquer momento, por desnecessário e porque não nos prestaríamos a isso, esse tipo de ingerência”, afirmou. “Nós defendemos o interesse dos clientes com altivez, por meio da Justiça, atuando quando tínhamos de atuar. Exercemos nossa nobre profissão de advogado na defesa dos interesses dos clientes”, afirmou.

“Contrato de gaveta”
Teixeira afirmou que não considera “contrato de gaveta” o documento assinado entre representantes do fundo Matlin Patterson e os empresários brasileiros donos da VarigLog, que veio a público há cerca de dois meses, quando foi iniciada a disputa societária na Justiça de São Paulo.
Na avaliação de Teixeira esse acordo significa uma “porta de saída” para as duas partes, caso a sociedade não se concretizasse. “Os senhores não podem confundir isso com contrato de gaveta, que referenda uma situação acabada, o que não era este caso”, afirmou, acrescentando que quando entrou na representação do negócio entre VarigLog e Varig, esse documento já existia e não era do seu conhecimento.
Ele afirmou que seu escritório foi contratado no dia 15 de abril de 2006, quando, no entendimento dos donos da VarigLog, a venda da ex-subsidiária de cargas para a Volo já tinha a aprovação do antigo Departamento de Aviação Civil (DAC).
Segundo Teixeira, seu escritório foi contratado para assessorar a VarigLog no leilão de venda da Varig, que ocorreu em junho daquele ano. Mesmo ressaltando que não tratou da negociação desse contrato(de gaveta), Teixeira defendeu o instrumento, afirmando que ele é legal.
Ao término da entrevista, Teixeira deu a entender que pode não voltar ao Senado para a audiência na Comissão de Infra-Estrutura. “Eu entendo que já estou prestando todas as informações que me cabem”, disse Teixeira, ao distribuir cópias à Comissão e aos jornalistas do depoimento que prestaria aos senadores.

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