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A doença brasileira

Por Luiz Carlos Mendonça de Barros, na Folha desta sexta:Dentro de dez anos, alguns textos sobre economia tratarão de um fenômeno que será conhecido como a doença brasileira. Será uma revisão do que hoje se conhece como a doença holandesa. Mas essa nova versão será considerada muito mais complexa do que a que ocorreu na […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 22h48 - Publicado em 12 jan 2007, 05h07
Por Luiz Carlos Mendonça de Barros, na Folha desta sexta:
Dentro de dez anos, alguns textos sobre economia tratarão de um fenômeno que será conhecido como a doença brasileira. Será uma revisão do que hoje se conhece como a doença holandesa. Mas essa nova versão será considerada muito mais complexa do que a que ocorreu na segunda metade do século 20 na pequena e rica Holanda. Mas a sua origem será a mesma: a desindustrialização por efeito de uma taxa de câmbio determinada pelo excedente de exportações no setor de commodities e incompatível com as condições de competitividade de partes importantes da indústria manufatureira mais sofisticada. Esse problema é agravado pela impossibilidade de o Brasil passar a ser uma economia de serviços, o que alguns apontam como uma saída, já que essa transição só poderia ocorrer saudavelmente após a integração de amplas parcelas da população brasileira que ainda estão excluídas da economia de mercado moderna. A China está integrando seu contingente populacional; o Brasil, não. Mas esse assunto fica para uma outra coluna. Posso ver hoje algumas das conseqüências dessa incipiente “doença brasileira”, apesar do tempo longo que nos separa ainda do longínquo ano de 2017. A Embraer não mais produzirá aviões no Brasil, com a perda de mais de 20 mil empregos qualificados; nossa indústria automobilística vai reduzir o valor agregado de sua produção local, transformando-se em mera montadora alimentada por importações; não mais teremos fábricas de sapatos, de produtos têxteis e eletrônicos. Em razão disso, os empregos migrarão para o interior, os salários serão mais baixos, e a mão-de-obra terá menor qualificação. Já assistimos hoje ao início desse fenômeno, mas as mudanças vão se acelerar de forma dramática nos próximos anos. A necessidade de produzir combustíveis limpos a partir da agricultura será o eixo principal dessas transformações.
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