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A 30 dias da Copa – As falas de Jérôme Valcke. Ou: Nem a Fifa conseguiu ter no Brasil um padrão… Fifa!

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, tem o dom de irritar muitos brasileiros, eu sei. Infelizmente, dadas as suas intervenções, nem sempre muito simpáticas, ele tem estado mais certo do que errado. Nesta segunda, por exemplo, ele afirmou: “A Copa do Mundo é uma maneira de acelerar uma série de investimentos em um país. É […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h52 - Publicado em 13 Maio 2014, 03h51
Jérôme Valcke: ele está rezando para tudo dar certo...

Jérôme Valcke: ele está rezando para tudo dar certo…

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, tem o dom de irritar muitos brasileiros, eu sei. Infelizmente, dadas as suas intervenções, nem sempre muito simpáticas, ele tem estado mais certo do que errado. Nesta segunda, por exemplo, ele afirmou: “A Copa do Mundo é uma maneira de acelerar uma série de investimentos em um país. É fácil criticar a Fifa; é fácil usar a Copa das Confederações ou a Copa do Mundo para organizar manifestações. Mas, se o alvo é a Fifa (…), ele [o alvo] está errado. Se um país se candidata à Copa do Mundo, é com a ideia de se desenvolver, a ideia não é destruí-lo”.

Na mosca. Ele também acerta quando diz que a Copa do Mundo pode deixar um legado positivo nos países — e talvez deixe no Brasil, ainda que bem menor do que se supunha. A questão é saber por que as coisas por aqui saíram tão diferentes do planejado. Quando a gente se lembra de que o Brasil teve de abrir mão de sua Lei de Licitações, criando uma legislação especial para conseguir realizar algumas obras, a gente se dá conta de que algo estava e está muito errado por aqui.

A Folha publica nesta terça, a 30 dias da Copa, um levantamento das obras. O país cumpriu menos da metade do que se dispôs a fazer. Das 167 prometidas, só 68 estão prontas — ou 41%. Nada menos de 88 (53%) estão incompletas ou ficarão prontas só depois da Copa. Onze jamais saíram, nem sairão, do papel.

E, convenham, nesse caso, cabe a pergunta: o que a Fifa tem a ver com isso? A resposta é óbvia: nada! O problema é nosso: do governo e do povo brasileiros. Quando indagadas, as autoridades brasileiras têm as mais diversas — e, às vezes, disparatadas — desculpas. Até o excesso de chuvas é usado como justificativa em alguns casos. Ora, é mesmo?

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O Brasil foi confirmado como sede da Copa de 2014 no dia 30 de outubro de 2007, há quase sete anos, e sua disposição de se candidatar data, pasmem!, de 2003. Conhecem-se as cidades-sede da Copa — e foram 12 por exigência de Lula, então presidente da República, não da Fifa — desde maio de 2009. Assim, o país esboçou sua pretensão há 11 anos; sabia que abrigaria o evento há quase sete e conhecia as sedes há cinco.

Antes de se ocupar com planejamento, tijolos, argamassa, recursos — essas bobagens —, o governo petista se ocupou do foguetório eleitoral nas eleições municipais de 2008 e estaduais e federais de 2010. O mês de junho de 2013 trouxe o susto para Dilma: o que era para ser a apoteose virou fonte permanente de dor de cabeça. Muita gente começou a cobrar na rua obras de mobilidade padrão… Fifa!

Ocorre que até a Fifa está cobrando que o Brasil faça uma Copa padrão Fifa! Até porque, no Brasil, nem a Fifa conseguiu ter um padrão… Fifa!

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