Denunciado de envolvimento com o mensalão mineiro, o ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) recebeu nesta terça-feira apoio de líderes partidários da base aliada do governo. O líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE), afastou a hipótese de o ministro ser afastado do cargo em decorrência das acusações.
“Será uma decisão dele [Walfrido dos Mares Guia] e do presidente da República”, afirmou o líder. “Ele não vai deixar o governo [de imediato]. Isso não está sendo aventado em hipótese alguma. Não podemos ficar mudando um ministro com base em especulações”, disse. Além de Múcio, também estiveram com Walfrido os líderes do PR, Luciano Castro (RR), e do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), e o vice-líder do governo, Henrique Fontana (RS). Eles disseram ter ido ao Palácio do Planalto para um “ato de desagravo”.
“É um abraço a um amigo que está sendo exposto por alguns setores”, resumiu o líder do governo. “É um momento desagradável e com relação ao ministro a indignação é coletiva”, disse Múcio. O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), insistiu nesta terça-feira, 25, na tese de que o chamado mensalão mineiro não tem “paralelo” com o escândalo que veio à tona no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Voltei
Bom, como se vê, nesse caso de Minas, arma-se uma pizza, pelo menos a política, para 100 talheres. Se o procurador-geral da República disser quer nada aconteceu e engavetar tudo, acreditem: só a imprensa vai protestar.