O ministro Dias Toffoli, do STF, decidiu compartilhar com o corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, as provas contidas em ações movidas por Lula e pelo PDT que representaram algumas das mais recentes derrotas da Operação Lava-Jato.
À frente de uma correição extraordinária na 13ª Vara Federal de Curitiba, Salomão argumentou que, “com a análise de documentos e diversos processos judiciais, (…) verificou-se a necessidade de compartilhamento das provas que instruem processos de relatoria de (Toffoli), de modo a permitir aprofundamento das investigações e cruzamento de dados”.
Na primeira delas, Toffoli atendeu uma reclamação ajuizada por Lula em 2019 e invalidou o uso de informações extraídas dos sistemas de propina da antiga Odebrecht – o “Drousys” e o “My Web Day B” – em acusações do Ministério Público Federal.
O representante do petista na ação é Cristiano Zanin Martins, indicado por ele para a vaga aberta no STF com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski.
Nesta quinta-feira, Toffoli estendeu os efeitos da decisão favorável a Lula para duas ações da Lava-Jato contra o advogado Rodrigo Tacla Duran.
Toffoli também compartilhou com o corregedor do CNJ a íntegra dos autos de uma ação de descumprimento de preceito fundamental do PDT em que o STF ordenou a preservação das provas obtidas com hackers na Operação Spoofing.