Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Radar

Por Robson Bonin
Notas exclusivas sobre política, negócios e entretenimento. Com Gustavo Maia, Nicholas Shores e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

STF forma maioria para manter resolução do TSE contra fake news

Seis ministros da Corte acompanharam o relator, Edson Fachin, e rejeitaram ação apresentada por Augusto Aras na semana passada

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 out 2022, 12h12 - Publicado em 25 out 2022, 10h52

Sete dos 11 ministros do STF formaram maioria nesta terça, em julgamento virtual, para manter a resolução do TSE que aumentou o “poder de polícia” do tribunal contra a desinformação eleitoral, aprovada por unanimidade na última quinta pelo plenário da Corte.

Relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade apresentada na última sexta pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, o ministro Edson Fachin já havia rejeitado, no sábado, o pedido de liminar para suspender trechos do ato do presidente do TSE, Alexandre de Moraes.

Na sessão virtual desta terça, que pode durar até a meia-noite, o próprio autor da resolução, que também integra o Supremo, e os ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia acompanharam o voto de Fachin. Moraes, aliás, foi o único que apresentou um voto — os demais se limitaram a registrar a concordância com o relator.

A resolução ampliou os poderes do TSE e permitiu a retirada sumária de conteúdos e perfis nas redes sociais independentemente de manifestação do Ministério Público Eleitoral. O chefe da PGR argumentou que a medida configura censura prévia e fere liberdades de expressão e de manifestação do pensamento, além de afetar o exercício profissional de informar. “O antídoto para a desinformação é mais informação, e não a censura”, escreveu Aras na petição.

No seu voto, Fachin disse considerar que o Tribunal Superior Eleitoral “não exorbitou o âmbito da sua competência normativa” ao aprovar a resolução, “conformando a atuação do seu legítimo poder de polícia incidente sobre a propaganda eleitoral”.

Continua após a publicidade

“A poucos dias do segundo turno das Eleições Gerais de 2022, importa que se adote postura deferente à competência do TSE, admitindo, inclusive, um arco de experimentação regulatória no ponto do enfrentamento ao complexo fenômeno da desinformação e dos seus impactos eleitorais. Assim, parece-me, nesta primeira apreciação, que deve-se prestigiar a autoridade eleitoral no exercício de sua atribuição normativa de extração constitucional”, apontou o ministro, que era presidente do TSE até agosto, quando foi sucedido por Moraes.

Fachin afirmou ainda que uma eleição com influência abusiva do poder econômico “não é normal nem legítima, vale dizer, não é livre nem democrática”.

Ele também rebateu a tese de Aras dizendo que “não há – nem poderia haver – imposição de censura ou restrição a nenhum meio de comunicação ou a linha editorial da mídia imprensa e eletrônica”. “O que se busca coibir é a utilização de persona virtual, a ocultação através de redes sociais, de modo a que este lócus sirva para a  disseminação de informações falsas que podem impactar as eleições”, escreveu.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.