Seleção deve criticar Copa América, mas poupar governo Bolsonaro
Cúpula da CBF aposta num pronunciamento duro do time em relação ao modo com o torneio foi realizado, mas só isso...
Interlocutores da cúpula da CBF dizem nesta segunda que o acordo que está sendo costurado pela atual diretoria da entidade com os jogadores vai na direção que frustra a parcela da sociedade que esperava o boicote do torneio.
Desde que Rogério Caboclo foi afastado — o Fantástico divulgou no domingo áudios dele assediando uma secretária da entidade –, uma nova negociação começou a ganhar corpo para pacificar o ambiente entre dirigentes e jogadores. Com Caboclo na CBF, essa relação estava praticamente cortada, com jogadores escondendo literalmente o jogo dos cartolas.
Com o clima menos tenso, a cúpula da CBF aposta num pronunciamento duro do time em relação ao modo como a Copa América foi organizada. Alguma crítica sobre a pandemia deve rolar, claro, mas nada sobre o governo de Jair Bolsonaro. Os jogadores devem poupar a parte política da decisão que viabilizou o campeonato.
O treinador Tite deve falar nesta segunda.