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Rui Costa ataca Brasília e chama deputados e senadores de alienados

Para o gerente de Lula, a localização da capital federal 'faz mal ao país' porque deputados e senadores vivem sem saber a realidade das favelas

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jun 2023, 13h54 - Publicado em 3 jun 2023, 14h03

Alvo de críticas dentro e fora do governo por falhar na condução da Casa Civil de Lula — com derrotas políticas no Legislativo creditadas a ele e à articulação política –, o ministro Rui Costa decidiu justificar suas falhas atacando Brasília e os parlamentares do Congresso que, em sua visão, “vivem numa ilha da fantasia”.

Para Costa, deputados e senadores vivem alienados em Brasília porque não passam, “antes de chegar ao seu local de trabalho, numa favela ou num viaduto vendo pessoas passando fome ou desempregadas”.

“Eu chamo aquilo (Brasília) de ilha da fantasia. Aquele negócio de botar a capital do Brasil longe da vida das pessoas, na minha opinião, fez muito mal ao Brasil. Era melhor ter ficado no Rio de Janeiro, ou ter ido para São Paulo, para Minas ou para Bahia”, disse o petista.

“Para que quem fosse entrar num prédio daquele, ou na Câmara dos Deputados e no Senado, passasse, antes de chegar no seu local de trabalho, numa favela ou debaixo de um viaduto, vendo gente pedindo comida, vendo gente desempregada, porque ali as pessoas vivem numa bolha ilusória, numa fantasia”, disse Costa.

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O discurso do petista ignora um fato simples: as excelências, incluindo o próprio Costa, passam pouco tempo em Brasília. Em regra, viajam — em caros voos exclusivos da FAB, no caso dos ministros de Lula — aos fins de semana para todos os cantos do país onde Costa julga adequado que as autoridades estejam. Logo, não é por falta de conhecimento do que se passa no país que o governo Lula não avança.

O chefe da Casa Civil não citou nomes, mas disse que “Brasília é difícil”, porque, na visão dele, na capital do país, “fazer o certo, para muitos, está errado”. “E fazer o errado, para muitos, é que é o certo na cabeça deles”, seguiu o petista.

Numa demonstração de que não se mistura com o que considera o atraso na capital do país, disse Costa: “Eu vou lutar com todas as minhas forças para mudar Brasília e mudar aquele jeito de encarar o que é coisa pública”.

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O governo gerenciado por Costa, para ficar em alguns exemplos de prática e discurso, já gastou 65.000 reais num sofá para o Alvorada e 42.000 reais numa cama para a residência de Lula. Esse “jeito de encarar a coisa pública” também bancou uma festa daquelas para 3.500 convidados já na chegada do petismo ao Planalto, em janeiro.

O gerente de um governo, que sabe o que se passa debaixo do viaduto ou nas favelas, não permitiria tais gastos de gente que vive na “bolha de fantasia”. Ciente de tais problemas da capital federal, Costa também deixou que o governo fosse articular a votação da MP da estrutura de ministérios no último dia de prazo, pagando bilhões em emendas para praticar o “convencimento” que poderia ter sido feito a partir da articulação política nos últimos cinco meses.

Em tempo, o problema do governo petista é a localização geográfica da capital ou está na qualidade de alguns políticos que o país manda para Brasília? Cartas para a redação.

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