O procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, faz um périplo pelo Brasil para mobilizar governadores a assinar acordos de cooperação contra o trabalho escravo. Na semana passada, o Rio Grande do Sul já se comprometeu a apresentar um plano de ações em um mês. Outros estados devem seguir o modelo para combater um problema, que na visão de Pereira, é nacional.
“Vamos em todos os estados, se não tem resgate, tem fornecimento de mão de obra (análoga à escravidão)”, disse ao Radar o Procurador-Geral do Trabalho.
Nas conversas com os governadores, um dos projetos apresentados é o “Vida Pós-Resgate”. Com intermédio do Ministério Público do Trabalho, o Estado concede um imóvel rural e insumos de primeira hora para trabalhadores resgatados iniciarem a própria produção. O objetivo é criar uma saída a situações análogas à escravidão.
Além do RS, Pereira já apresentou a proposta no Paraná. A Bahia deve assinar um acordo semelhante ao celebrado com o governo gaúcho. Só falta acertar a agenda com o governador Jerônimo Rodrigues.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, indicou que a União também deve participar dessas iniciativas. Ele indicou que deve assinar um aditivo no acordo de cooperação entre o MPT e o RS. O governo federal deve colocar o Sistema S à disposição da qualificação de trabalhadores resgatados.