Prefeitos das maiores cidades cobram do governo vacinas e imunização
Em nota, entidade que reúne mais de 400 municípios diz ser 'descabido que governo não se coloque com clareza' e deixa assunto com estados e prefeituras
Prefeitos eleitos das maiores cidades do país criticaram o papel do governo na condução do combate à Covid-19 e cobram compra de vacinas e um plano de imunização nacional.
A Frente Nacional de Prefeitos se reuniu ontem e atacou a postura do governo. Integram o grupo os 412 municípios com mais de 80 mil habitantes, o que reúne todas as capitais e representa 61% da população e 74% do PIB do país.
“É descabido que a União não se coloque, com clareza e efetividade, à frente desse processo para proteger os cidadãos brasileiros e garantir acesso universal à saúde, como determina a Constituição de 1988. A cada dia que passa são centenas de pessoas que perdem a vida pela doença”, afirmou a frente, em nota.
A entidade criticou a omissão do governo e não considera razoável que estados, como fez o governador João Doria, e prefeituras criem suas próprias estratégias de forma isolada.
“Não é razoável que algumas cidades e estados tenham que lançar mão de estratégias locais de aquisição de vacinas para proteger a população porque o governo federal procrastinou assunto tão importante. Imunizar os brasileiros é devolver ao povo a liberdade de conviver, a confiança de trabalhar e a possibilidade de sonhar”.
Os prefeitos eleitos e reeleitos afirmam ainda que o Brasil tem uma tradição histórica de vacinação em massa, o que está sendo ignorado pelo governo Bolsonaro.