Planalto tem posses ‘drive-thru’ de ministros por causa da pandemia
Cerimônia foi inicialmente divulgada como um megaevento no Salão Nobre para 80 pessoas; ajustes de última hora evitaram a aglomeração
Alguma coisa está — felizmente — fora da ordem negacionista no Palácio do Planalto. A posse dos sete “novos” ministros do governo de Jair Bolsonaro, inicialmente divulgada como um megaevento no Salão Nobre para 80 pessoas, se transformou num rito mais adequado à pandemia que já matou mais de 330.000 brasileiros.
O que se viu na manhã desta terça foi praticamente um “drive-thru” de ministros na Sala de Audiência do Planalto. Cada posse aconteceu separadamente, com número de convidados limitados. A imprensa sequer pôde acompanhar as cerimônias ao vivo.
Na tarde de segunda-feira, a Secom chegou a abrir credenciamento para a participação de jornalistas, mas voltou atrás e informou que os profissionais poderiam acompanhar a transmissão em tempo real pelos canais oficiais do governo federal. Na manhã desta terça, mais uma mudança: o evento não seria mais transmitido ao vivo e as imagens seriam liberadas assim que “assim que possível”, o que ainda não ocorreu.
Em tempo: Bolsonaro deu posse aos ministros Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil), Anderson Gustavo Torres (Justiça e Segurança Pública), Walter Braga Netto (Defesa), Carlos Alberto França (Relações Exteriores), Marcelo Queiroga (Saúde), Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e André Mendonça (Advocacia-Geral da União).