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Brasil

PF cumpre mandado de prisão contra Delgatti e mira Zambelli e assessores

Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023

Por Robson Bonin SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2024, 23h05 - Publicado em 2 ago 2023, 08h01

O hacker Walter Delgatti e a deputada federal Carla Zambelli, ambos réus no Supremo (@Zambelli2210/Twitter)

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta uma operação contra investigados pela invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça, no início do ano, quando foram incluídos documentos falsos contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, no Banco Nacional de Mandados de Prisão.

O hacker da Vaza-Jato, Walter Delgatti Neto, foi preso pelos investigadores. Há ainda cinco mandados de busca em São Paulo e Brasília contra a deputada Carla Zambelli — no apartamento funcional da Câmara e no gabinete da deputada — e assessores dela.

“As ações ocorrem no escopo de inquérito policial instaurado para apurar a invasão ao sistema do CNJ, que tramitou perante a Justiça Federal, mas teve declínio de competência para o Supremo Tribunal Federal em razão do surgimento de indícios de possível envolvimento de pessoa com prerrogativa de foro”, diz a PF.

Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, onze alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor de Moraes.

As inserções fraudulentas ocorreram após invasão criminosa dos sistemas em questão, com a utilização de credenciais falsas obtidas de forma ilícita. Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.