Num artigo escrito para militantes do PT, Aloizio Mercadante conseguiu reescrever a história de corrupção e roubalheira dos governos petistas na Petrobras. O ex-ministro de Dilma Rousseff produziu a seguinte fábula:
“Nos governos Temer e Bolsonaro, a Petrobrás foi desmantelada e opera pela lógica da política de preço de paridade de importação. Com isso, a cadeia nacional de petróleo e gás está subjugada aos interesses de 390 empresas importadoras dos acionistas minoritários da empresa, que impõe uma política de dolarização dos preços dos combustíveis em território nacional”.
Faltou a Mercadante a lembrança de como Lula loteou as diretorias da Petrobras entre o MDB, o PP e o próprio PT para que os partidos faturassem milhões com propinas de 1% a 3% dos contratos da estatal. Na diretoria de Serviços, por exemplo, o partido faturou bilhões com João Vaccari Neto operando a contabilidade clandestina ao lado de Renato Duque, o mesmo que aparece alegre na foto com Dilma Rousseff.
Na diretoria Internacional, era o MDB que lucrava com Nestor Cerveró atuando de modo competente a direcionar contratos de sondas e outros negócios.
Na diretoria de Abastecimento, quem atuava era Paulo Roberto Costa que, com a ajuda de Alberto Youssef, lavava o dinheiro sujo e distribuía para contas de petistas, de integrantes do PP e também do MDB.
O clube do bilhão das empreiteiras, que reformaram o Sítio de Atibaia, equiparam o tríplex do Guarujá e financiaram campanhas petistas também mereceria um parágrafo no texto do petista.
Mercadante poderia explicar como essa grande quadrilha elevou os padrões da Petrobras nos governos petistas.