Adotando um tom cético — embora ainda otimista — sobre as eleições deste ano, o ex-presidente Lula (PT) tem deixado claro que vencer Jair Bolsonaro (PL) não será a única prioridade da campanha.
Preocupado com a governabilidade de seu eventual governo, o petista tem reforçado que é preciso ampliar o tamanho da base aliada no Congresso Nacional — e já anunciou que, em breve, começará a rodar o país para recolher votos.
“Quero assumir um compromisso na nossa campanha, nos nossos atos públicos (…) eu vou viajar o Brasil para conversar com o povo brasileiro. E nós vamos ter que publicar em cada comício uma lista dos deputados, dos senadores nossos naquele estado e dizer: é nessa gente que a gente tem que votar pra mudar o país”, disse Lula na terça, em evento de apoio do Solidariedade.
Na ocasião, o ex-presidente fez críticas a Arthur Lira (PP-AL) e alertou que o atual presidente na Câmara quer instalar uma forma de “semipresidencialismo”no país.
“Ele já quer tirar o poder do presidente para que o poder fique na Câmara e ele aja como se fosse o imperador do Japão. Ele acha, inclusive, que pode mandar administrando o Orçamento (…) mas é o governo que decide cumprir o Orçamento aprovado pela Câmara, em função da realidade financeira do Estado brasileiro”, disparou.