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O duríssimo recado de Joaquim Barbosa ao ministro da Defesa de Bolsonaro

O ex-presidente do STF criticou a "clara atitude de vassalagem" do general Paulo Sérgio ao chefe na pressão "cínica" sobre a Justiça Eleitoral

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 jul 2022, 10h31 - Publicado em 7 jul 2022, 09h44
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  • Joaquim Barbosa foi ao Twitter na madrugada desta quinta-feira para comentar uma declaração do ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira, durante audiência pública na Câmara, nesta quarta.

    “Convido as pessoas com um mínimo de conhecimento da trágica histórica política brasileira a um exame sereno e lúcido da frase do ministro da Defesa, um general que faz parte do grupo de auxiliares do primeiro escalão do Presidente da República: Disse o general Paulo Sergio Nogueira: ‘As Forças Armadas estavam quietinhas em seu canto e foram convidadas pelo TSE…'”, escreveu o ex-presidente do STF para os seus mais de 550 mil seguidores.

    Passado o prólogo, veio a artilharia pesada contra a atuação do general, que segue a cartilha do presidente Jair Bolsonaro, o “chefe supremo das Forças Armadas”, quando se arvora a questionar a confiabilidade do processo eleitoral e das urnas eletrônicas.

    “Ora, general, as Forças Armadas devem permanecer quietinhas em seu canto, pois não há espaço para elas na direção do processo eleitoral brasileiro. Ponto. Insistir nessa agenda de pressão desabrida e cínica sobre a Justiça Eleitoral, em clara atitude de vassalagem em relação a Bolsonaro, que é candidato à reeleição, é sinalizar ao mundo que o Brasil caminha paulatinamente rumo a um golpe de Estado. Pense nisso, general”, escreveu Barbosa.

    Para concluir, ele destacou um “aspecto importantíssimo, que singulariza o Brasil no concerto das democracias”: o fato de o país ter um ramo da Justiça, independente, “concebido precisamente para subtrair o processo eleitoral ao controle dos políticos”.

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    “E dos militares de casaca, claro”, arrematou o ex-ministro do Supremo.

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