No Senado, prefeitos confirmam pedido de propina de pastores no MEC
Convidado a depor à comissão na semana passada, Milton Ribeiro não compareceu nem justificou sua ausência
Três prefeitos confirmaram nesta terça as denúncias de corrupção na gestão do ex-ministro Milton Ribeiro no Ministério da Educação. Interrogados pela Comissão de Educação do Senado, eles relataram ter recebido de dois pastores evangélicos pedidos de propina para facilitar a liberação de recursos do FNDE, o fundo administrado por um apadrinhado de Ciro Nogueira.
Além dos três prefeitos, dois mandatários do Maranhão, cujos municípios receberam recursos para obras de creches e escolas, admitiram ter tido contato com os pastores acusados de tráfico de influência, mas garantiram não ter recebido pedido de propina.
Os depoimentos dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos (e do presidente do FNDE, Marcelo Pontes) estão previstos para quinta. Convidado a depor à comissão na semana passada, Milton Ribeiro não compareceu nem justificou sua ausência.
Os prefeitos Gilberto Braga, de Luís Domingues (MA), José Manoel de Souza, de Boa Esperança do Sul (SP), e Kelton Pinheiro, de Bonfinópolis (GO) confirmaram as denúncias. Negaram ter recebido pedidos de propina Calvet Filho, prefeito de Rosário (MA), e Hélder Aragão, de Anajatuba (MA).