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No Planejamento, Simone Tebet lutará para não sumir da arena política

Para quem busca um emprego, ser ministra do Planejamento é uma grande oportunidade. Para quem sonha com algo mais, está longe disso

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 dez 2022, 13h34 - Publicado em 27 dez 2022, 12h34

O esforço dos aliados de Lula, em sua maioria petistas que ficaram com pastas realmente estratégicas no futuro governo, para mostrar que o Ministério do Planejamento é uma pasta “importante” diz tudo.

Simone Tebet teve um papel relevante na campanha e na eleição de Lula. Vencida a batalha contra Jair Bolsonaro, no entanto, o petista reservou para ela uma pasta burocrática, que condena seus ocupantes ao papel secundário de auxiliares de outros ministérios.

Um emedebista experiente, insatisfeito com o espaço dado por Lula para a aliada, definiu bem o enrosco: “Ministro do Planejamento não cria programas, não inaugura obras, não faz política”.

Se nada mudar até o fim do mandato de Lula, o PT sabe que terá vida dura para formar um líder que consiga substituir o petista nas urnas. Tivesse deixado Simone num ministério de relevância, viveria com a ameaça constante de ver uma líder do MDB usar o trampolim da máquina para ganhar peso político ao longo dos anos.

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No Planejamento, porém, Simone estará sempre submetida aos domínios de outros ministros importantes do governo. Fará o papel chato de negociar com servidores públicos as demandas do governo e estará presente nas discussões técnicas de outras áreas, mas sempre como figura lateral. A irrelevância política do Planejamento pode ser atestada pela falta de interesse dos outros partidos em ocupar o espaço. Caiu no colo de Simone porque Lula tinha que quitar sua dívida eleitoral.

Ao anunciar nesta terça que Simone havia aceitado o Planejamento, Alexandre Padilha, o futuro ministro das Relações Institucionais, disse 11 vezes que “o Planejamento é uma pasta importante”. Para sustentar a afirmação, lembrou que estão no ministério o Ipea e o IBGE, órgãos nobres em suas missões, é verdade, mas sem qualquer peso político.

Simone ganhou um emprego, já que não teria mandato a partir de fevereiro, mas ocupará no governo justamente o lugar que o petismo queria que ela ocupasse. Enquadrada por petistas na área social, na economia, nos projetos estratégicos e em todos os segmentos que poderiam lhe fornecer brilho durante o governo.

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O desafio da senadora, que já venceu muitos na carreira política, é fazer mágica com o que lhe foi reservado por Lula. Manter-se relevante no cenário político é a questão. Sem liderança direta em nenhuma área específica, Simone já terá o ônus de ser a cara — papel do chefe do Planejamento — de um governo que ampliará gastos com a máquina e o peso do Estado sobre os ombros dos brasileiros que pagam impostos.

Para quem busca um emprego, ser ministra do Planejamento é uma grande oportunidade. Para quem sonha com algo mais, está longe disso.

 

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