O Ministério Público Federal pediu a condenação de Walter Faria e Vanuê Faria, ex-executivos do grupo Petrópolis, por envolvimento em esquemas de corrupção e investigados na Operação Lava-Jato.
A Procuradoria aponta que eles praticaram o crime de lavagem de dinheiro de forma profissional e reiterada, usando empresas offshores no exterior.
Os dois são acusados de terem recebido entre 2006 e 2007, em valores atualizados, pouco mais de 19 milhões de reais, depositados em contas secretas mantidas na Suíça.
O esquema no qual os dois são acusados é o que envolve fraude na contratação para a construção do navio-sonda Petrobras 10.000, pelo estaleiro coreano Samsung.
Segundo a denúncia, Walter e Vanuê, que são tio e sobrinho, respectivamente, ocultaram e dissimularam a natureza, origem, localização e propriedade desse montante (em dólar, 3.686.869,21), valor pago a título de propina para agentes políticos responsáveis pela sustentação de Nestor Cerveró no cargo de Diretor Internacional da Petrobras em troca de vantagem indevida arrecadada de contratos com a estatal.