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Lula sugere “governo de coalizão” com a oposição na Venezuela

O presidente citou a própria gestão ao dizer que há várias saídas para a crise no país de Nicolás Maduro, entre elas "convocar novas eleições"

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 ago 2024, 12h58 - Publicado em 15 ago 2024, 12h03
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  • Nicolás Maduro e Lula
    O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante encontro com Lula, em Brasília, em maio do ano passado (Evaristo Sá/AFP)

    O presidente Lula concedeu uma entrevista na manhã desta quinta-feira à Rádio T, de Curitiba, e foi questionado sobre o processo eleitoral na Venezuela, que teve a reeleição do atual presidente Nicolás Maduro reconhecida no dia seguinte ao pleito, em 29 de julho, pelo Conselho Nacional Eleitoral do país, mas questionada pela oposição, que proclamou a vitória de Edmundo González.

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    Em uma longa resposta, o petista disse que há “várias saídas” para o impasse, entre elas a formação de um “governo de coalizão“, com a participação da oposição, citando o exemplo da própria gestão, que segundo o presidente tem “muita gente” que não votou nele. Ele também aventou a possibilidade da convocação de novas eleições.

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    No começo da sua fala, Lula disse que não é fácil nem bom que um presidente da República de um país “fique dando palpite sobre a política de um presidente de outro país”. E lembrou que mantém relações com a Venezuela desde tomei posse, em 2003, e que teve muitas relações com o ex-presidente Hugo Chávez. “A Venezuela era um país que o Brasil tinha um superávit de 4 bilhões de dólares por ano, e essa relação ficou deteriorada porque a situação política está ficando deteriorada na Venezuela”, comentou.

    “Eu conversei pessoalmente com o Maduro antes das eleições, [agora, depois] não conversei. E disse para o Maduro que a transparência do processo eleitoral dele e a legitimidade do resultado era o que iria permitir a gente continuar brigando para que fossem suspensas as sanções contra a Venezuela. Bom, houve um processo eleitoral. Eu tinha pessoas minhas lá: o ex-ministro Celso Amorim e mais o embaixador Audo [Faleiro] acompanhando”, relatou.

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    “Durante o dia, no processo eleitoral, não houve transtorno, não houve nada que você pudesse levantar qualquer suspeita. Agora na hora que começa a divulgar os dados é que começa a confusão. O Maduro anunciou que tinha ganho, a oposição anunciou que tinha ganho… o que eu, que quero que as pessoas respeitem o que acontece aqui nesse país, fiz? Eu disse o seguinte: é importante que a gente tenha alguém para analisar as atas das eleições. As urnas da Venezuela, só pra você ter ideia… quando você vota numa máquina eletrônica como aqui tem um tíquete. Aquele tíquete é colocado numa urna. Então você tem o voto eletrônico e você tem a urna. O que é que nós queremos? É que o Conselho Nacional, que cuidou das eleições, diga publicamente quem é que ganhou as eleições, porque até agora ninguém diz quem ganhou…”, declarou.

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    “Maduro está devendo uma explicação”

    Questionado se reconhece que o Maduro seja o presidente eleito, o presidente disse, duas vezes, que “ainda não”. E que o venezuelano “sabe que está devendo uma explicação para a sociedade brasileira e para o mundo”. “Ele sabe disso”, comentou.

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    Lula também revelou que teve, nesta quarta-feira, uma reunião com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e, no dia anterior, com Colômbia e com o México, para “ver se a gente encontra uma saída”.

    “É o seguinte: só tem uma coisa, tem que apresentar os dados, agora os dados têm que ser apresentados por algo que seja confiável, o Conselho Nacional Eleitoral, que tem gente da oposição, poderia ser. Mas ele não mandou para o Conselho, ele mandou para a Justiça, para a Suprema Corte dele. Eu não posso julgar a Suprema Corte de outro país”, disse.

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    Governo de coalizão

    Indagado se não seria possível ligar para Maduro e dizer “menino, tome um jeito”, Lula respondeu que “vai dar pra ligar”, e que o Brasil e a Colômbia — o México deixou as negociações nesta semana — estão “tratando de trabalhar a possibilidade de ver se encontra uma saída”.

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    “Você tem várias saídas… Ou você fazer um governo de coalizão, fazer um governo de coalizão, convoca a oposição. Muita gente que tá no meu governo não votou em mim, e eu trouxe todo mundo para participar do governo…”, declarou.

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    “Agora deixa eu lhe falar, o que eu acho que ele tem que fazer… veja, tem essa coisa, ou faz um governo de coalização… porque veja, aqueles que querem que a oposição seja vitoriosa, eu não posso dizer que a oposição foi vitoriosa porque eu não tenho os dados, e muito menos posso dizer que Mauro foi vitorioso, porque eu não tenho os dados. Então eu não quero me comportar de forma apaixonada e precipitada, eu sou favorável ou sou contra. Não. Eu quero resultado”, acrescentou o presidente.

    “Se a gente tiver um resultado e esse resultado for factível, nós vamos tratar de saber o seguinte: o Maduro tem seis mandato ainda, o mandato dele só termina em janeiro do que ano que vem, então ele é o presidente da República, independentemente das eleições. Então, se ele tiver bom senso, ele poderia tentar fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições, estabelecer um critério de participação de todos os candidatos, criar um comitê eleitoral suprapartidário, em que participe todo mundo, e deixar que entrem olheiros do mundo inteiro para ver as eleições. O que eu não posso é ser precipitado e tomar uma decisão. Da mesma forma que eu quero que respeitem o Brasil eu quero respeitar a soberania dos outros países”, concluiu.

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