Lula fala em “guerra” contra garimpo ilegal em reunião sobre yanomamis
Presidente chama ministros para fazer balanço de ações de combate à invasão e exploração predatória de recursos em terras indígenas
O presidente Lula disse nesta terça-feira, ao abrir uma reunião com vários ministros e autoridades de segurança sobre a crise socioambiental dos yanomamis em Roraima, que seu governo não pode “perder uma guerra” para o garimpo ilegal e madeireiras ilegais.
“Temos territórios indígenas demarcados. Temos que cuidar deles com muito carinho. Esta reunião é para definir o que o nosso governo vai fazer para evitar que os indígenas brasileiros continuem sendo vítimas de massacre, de vandalismo, da garimpagem e das pessoas que querem invadir as áreas que estão preservadas e que têm dono, que são os indígenas e não podem ser utilizadas”, afirmou o petista.
No início de seu governo, Lula viajou a Roraima para ver in loco a situação crítica dos yanomamis, montando uma força-tarefa com vários ministérios para enfrentar a crise nas frentes da Saúde, do Meio Ambiente, da Justiça e Segurança Pública e da Assistência Social. Nesta terça-feira, pediu aos ministros um balanço em relação ao cumprimento das decisões tomadas à época.
“Vamos ter que fazer um esforço ainda maior e utilizar todo o poder que a máquina pública pode ter”, declarou.
Participaram da reunião os ministros Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), José Mucio (Defesa), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social), Nísia Trindade (Saúde), Esther Dweck (Gestão e Inovação), Marina Silva (Meio Ambiente), Silvio Almeida (Direitos Humanos), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Pimenta (Secom) e Jorge Messias (AGU).
Também estavam presentes o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante de esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire; a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior; o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues; a presidente da Funai, Joenia Wapichana; e o diretor da Amazônia e Meio Ambiente da PF, Humberto Freire de Barros.