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Lula descobre, enfim, que precisa atuar na articulação política do governo

Depois de um ano e meio de mandato e de sofrer duras derrotas no Parlamento, o petista decidiu fazer reuniões semanais com aliados

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 09h01 - Publicado em 4 jun 2024, 07h30
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    O presidente Lula  (reprodução/Reprodução)

    Nesta segunda, o ministro Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo, revelou algo que pareceu uma grande novidade: o presidente da República, diante das derrotas no Congresso, decidiu se reunir semanalmente com seus articuladores, tanto os ministros quanto os líderes do Planalto no Parlamento.

    A informação impressiona pelo que confirma sobre a rotina presidencial. Em seu terceiro mandato, Lula virou um político distante da… política. É o que se constata quando o chefe da articulação surge — um ano e seis meses de mandato depois — para dizer que agora o presidente fará reuniões semanais de articulação política no Legislativo. Antes tarde do que nunca, é verdade.

    A entrada de Lula na articulação política do Planalto, além de tardia, começa de um jeito estranho: praticamente todos os interlocutores de Lula na tal reunião de articulação são integrantes do PT. O partido tem 68 votos na Câmara e 8 no Senado. Lula precisa de muito mais votos do que isso para se dar bem no Parlamento, mas segue falando com os mesmos interlocutores de sempre e espera ter resultados completamente diferentes do que colheu até agora. Tem como dar certo?

    Vozes da frente ampla e dos partidos que podem votar com o governo seguem distantes do chefe da República. Ajudaram a eleger Lula, mas foram escanteados na hora de debater estratégias e prioridades no palácio. Não surpreende que a influência do presidente no Parlamento ande tão baixa.

    Nos dois primeiros mandatos, Lula era outro. Recebia parlamentares quase que diariamente no palácio, numa agenda que fazia a alegria de deputados e senadores. Esses políticos, quase sempre pressionados por aliados na base, tiravam fotos com Lula para postar na Internet ou enviar a prefeitos, mostrando — ainda que de forma meramente ilusória — que tinham prestígio e acesso ao chefe da República para defender pleitos locais. Parece pouco, mas esse clima de “acesso livre” ao petista criava uma intimidade que evitava algumas derrotas no Parlamento. Agora, Lula recebe apenas petistas e olhe lá.

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    “O governo até negava pleitos de cargos ou verbas, mas com o presidente prometendo pessoalmente olhar com carinho esse ou aquele assunto, a conversa era outra”, diz um cacique aliado de Lula dos velhos tempos.

    Interlocutores diretos do petista nesse terceiro mandato já admitiram, em tom de lamento, que o petista não é mais o mesmo. Não tem disposição nem paciência para ouvir a pluralidade de lideranças partidárias que atualmente ditam o jogo político no Congresso e está focado demais nas agendas internacionais para lidar com questões domésticas.

    O petista tem pelo menos oito países engatilhados para visitar ainda nesse ano. Com tanta viagem, resta saber se sobrará tempo para articular o jogo no Congresso.

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