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Lula chora ao citar desempregados pedindo ajuda nos semáforos

Durante discurso no parlatório do Palácio do Planalto, o presidente também se emocionou ao citar a volta da fome e o "abismo social"

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 jan 2023, 17h51 - Publicado em 1 jan 2023, 17h44

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chorou há pouco durante o discurso que fez no parlatório do Palácio do Planalto, ao citar o pedido de ajuda de desempregados nos semáforos de cidades brasileiras e o retorno da fome. Ele se emocionou enquanto criticava as desigualdades e o que classificou de “abismo social”, apontado como obstáculo para a construção de uma sociedade justa.

O petista comentou que recentemente releu o discurso da sua primeira posse na Presidência, em 2003, e disse que a lembrança “tornou apenas mais evidente o quanto o Brasil andou para trás”. Ele exaltou os feitos dos seus governos ao lado do vice, José Alencar, como a recuperação da dignidade e da autoestima do povo brasileiro, o investimento na melhora das condições de vida de quem mais necessidade e o fim da fome e da miséria, com forte redução da desigualdade.

“Infelizmente, hoje, 20 anos depois, voltamos a um passado que julgávamos enterrado. Muito do que fizemos foi desfeito de forma irresponsável e criminosa. A desigualdade e a extrema pobreza voltaram a crescer. A fome está de volta, e não por força do destino, não por obra da natureza, nem por vontade divina. A volta da fome é um crime, o mais grave de todos, cometido contra o povo brasileiro”, declarou.

Lula então afirmou que “a fome é filha da desigualdade, que é a mãe dos grandes males que atrasam o desenvolvimento do Brasil”. “A desigualdade apequena este nosso país de dimensões continentais ao dividi-lo em partes que não se reconhecem. De um lado, uma pequena parcela da população que tudo tem. Do outro lado, uma multidão a quem tudo falta, e uma classe média que vem empobrecendo ano a ano pelas injustiças do governo”, complementou.

“Juntos, somos fortes. Divididos, seremos sempre o país do futuro que nunca chega e que vive em dívida permanente com o seu povo. Se queremos construir hoje o nosso futuro, se queremos viver num país plenamente desenvolvido para todos e todas, não pode haver lugar para tanta desigualdade. O Brasil é grande, mas a real grandeza reside na felicidade do seu povo. E ninguém é feliz de fato em meio a tanta desigualdade”, acrescentou o presidente recém-empossado.

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No momento em que chorou, ele disse que, quando diz governar, quer dizer “cuidar” e passou a falar da situação de “abandono e desalento nas ruas” do país.

“Mães garimpando lixo em busca de alimento para os seus filhos. Famílias inteiras dormindo ao relento, enfrentando o frio, a chuva e o medo. Crianças vendendo bala ou pedindo esmola, quando deveriam estar na escola, vivendo plenamente a infância a que têm direito. Trabalhadores e trabalhadoras desempregados, exibindo nos semáforos cartazes de papelão com a frase que nos envergonha a todos: ‘por favor, me ajuda’, afirmou, aos prantos.

Após uma pausa, ele voltou a se emocionar:

“Fila nas portas dos açougues em busca de ossos para aliviar a fome, e ao mesmo tempo filas de espera para a compra de automóveis importados e jatinhos particulares. Tamanho abismo social é um obstáculo à construção de uma sociedade verdadeiramente justa, democrática e de uma economia próspera e moderna”.

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