Difícil saber se Joaquim Levy teve mais dificuldade de implementar o ajuste fiscal ou de fazer amigos desde que assumiu o Ministério da Fazenda.
Se as medidas do ministro enfrentam resistência no Congresso, no governo e no PT, são ainda mais complicadas suas relações com colegas e parlamentares, que não hesitam em fustigá-lo a cada oportunidade.
Na quinta-feira, logo depois da notícia do rebaixamento do Brasil pela Fitch, já circulava em gabinetes ministeriais da Esplanada o novo apelido de Levy: o ministro downgrade.
Dupla crueldade, pela iminência da queda do próprio titular da Fazenda e pelo fato de fazer menção justamente àquilo que Levy foi nomeado para evitar (a perda do grau de investimento) e não conseguiu.