Justiça autoriza operação de busca na sede do PT por panfleto contra Nunes
Decisão acolheu representação do MDB por propaganda eleitoral antecipada em material que ataca a gestão do atual prefeito
A Justiça Eleitoral autorizou a busca e apreensão na sede do PT de São Paulo por panfletos que atacam a gestão do atual prefeito Ricardo Nunes. A decisão atende à representação do MDB por propaganda eleitoral antecipada.
ATUALIZAÇÃO — 19h53 de 05/06/2024: Após o PT se comprometer a entregar o material a um cartório eleitoral a autorização para a operação de busca, que não chegou a ocorrer, foi suspensa.
“Em razão dos panfletos terem sido produzidos pelo PT em tiragem de 100.000 (cem mil) exemplares, com potencial de influenciar a população, e a tiragem ser de data incerta de abril de 2024, é possível que o material tenha sido parcial ou totalmente distribuído”, escreveu o juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci, na decisão liminar que autoriza a operação.
“A distribuição desses folhetos produzidos pode macular a paridade entre os possíveis candidatos ao pleito vindouro, especialmente porque, além da extemporaneidade do ato de campanha, foi produzido em grande quantidade por partido de relevância nacional”, segue o documento.
A decisão serviu como motivo para aliados de Ricardo Nunes lembrarem de outros casos de propaganda eleitoral envolvendo Lula e Guilherme Boulos, candidato apoiado pelo petismo nas eleições de outubro, em São Paulo.
“Primeiro, o próprio Boulos foi condenado por espalhar notícias falsas. Depois, participou ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de comício que o Ministério Público considerou campanha eleitoral antecipada. Agora, o pessoal do PT foi pego distribuindo jornais para difamar o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, confundir a população e induzir o voto em Boulos”, diz Enrico Misasi, presidente do diretório paulistano do MDB.
Misasi se refere a divulgação, nas redes sociais do deputado psolista, de uma pesquisa eleitoral de abril com dados manipulados e ao pedido de apoio de Lula a Boulos durante evento para celebrar o Dia do Trabalhador, em 1º de maio.