Joaquim Barbosa deixou para trás a sisudez dos tempos de Supremo. Pelo menos essa foi a imagem deixada aos deputados do PSB com quem se encontrou há pouco em São Paulo.
As excelências saíram surpresas com o bom humor do ex-ministro, sorridente e nitidamente lisonjeado com o apelo para que ele dispute a presidência pelo PSB.
Barbosa, como se supunha, não deu resposta alguma. Adiou a batida de martelo para janeiro. Mas analisou o cenário político, voltando a dizer que não seria vice de ninguém, e desceu o malho no governo.
Disse aos seus oito interlocutores que a proposta da reforma da Previdência não tirará privilégio algum. Sobre a reforma trabalhista, recentemente aprovada no Congresso, foi sucinto e objetivo: “Já viram os efeitos negativos que está gerando, né?”.
Barbosa perguntou sobre a situação de São Paulo, onde o vice-governador, Marcio França, do PSB, está de olho na cadeira de Geraldo Alckmin e desejoso por uma aliança com os tucanos. Possibilidade que incomodaria, e muito, Barbosa.
Ao final, um dos parlamentares perguntou se as dores na coluna que o atormentavam na época do Supremo poderiam impedi-lo de encarar uma campanha.
O ex-ministro foi peremptório: “Minha coluna está ótima”.