#ITAMARATY#Brasil apóia egípcio polêmico para a Unesco
O Itamaraty bateu o martelo, uma martelada que promete polêmica, aliás: o Brasil apoiará o nome do egípcio Farouk Hosni ao cargo de diretor-geral da Unesco. Hosni é um candidato para lá de controvertido: quando ocupou o cargo de ministro da Cultura do Egito, declarou que estaria disposto a "queimar livros em hebraico, se os encontrasse em bibliotecas […]
O Itamaraty bateu o martelo, uma martelada que promete polêmica, aliás: o Brasil apoiará o nome do egípcio Farouk Hosni ao cargo de diretor-geral da Unesco. Hosni é um candidato para lá de controvertido: quando ocupou o cargo de ministro da Cultura do Egito, declarou que estaria disposto a “queimar livros em hebraico, se os encontrasse em bibliotecas do seu ministério”.
Mais tarde, tentou consertar o estrago: disse que falou de forma metafórica. Evidentemente, nem as pedras da pirâmide de Gizé acreditaram na desculpa de Hosni.
Na ocasião, Israel protestou. Agora, o apoio do Brasil à sua candidatura deve gerar mais uma fricção entre Israel e Brasil. O momento não poderia ser menos propício: na quarta-feira, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, aquele que prega o extermínio de Israel e minimiza os horrores do Holocausto, desembarca em Brasília para uma ruidosa visita oficial.
Oficialmente, o governo brasileiro diz que o apoio é fruto do “excelente estado das relações bilaterais entre Brasil e Egito” e que assim serão reforçados “os laços que unem o nosso país ao mundo árabe”.
O Brasil tinha outros dois pré-candidatos, o senador Cristóvam Buarque e o pesquisador Márcio Barbosa, atual diretor-geral adjunto da própria Unesco.
A eleição está marcada para outubro.