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Governo Lula lista 22 omissões de antiga pasta da Damares com Yanomamis

Ministério dos Direitos Humanos identificou ocasiões em que o extinto ministério das Mulheres, Família e Direitos Humanos se eximiu de cuidar dos indígenas

Por Lucas Vettorazzo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jan 2023, 19h38 - Publicado em 30 jan 2023, 19h31

O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania do governo Lula divulgou nesta segunda-feira um relatório preliminar com 22 omissões do governo de Jair Bolsonaro com os indígenas Yanomami em Roraima.

Trata-se de uma lista com ocasiões em que o agora extinto Ministério das Mulheres, Família e Direitos Humanos (MMFDH), comandando a maior parte do tempo do governo Bolsonaro pela pastora Damares Alves, não levou em consideração alertas de entidades da sociedade civil do Brasil e do exterior sobre a situação dos indígenas na região.

Algumas das ações são mais conhecidas do público, como a vez que o governo Bolsonaro sugeriu o veto ao envio de água e equipamentos básicos para as comunidades Yanomami durante a pandemia de Covid-19. O documento relata, por exemplo, a inação das autoridades em relação à primeira morte no território indígena pelo coronavirus.

A maioria das omissões, contudo, são referentes às questões das invasões da reserva indígena por garimpeiros, a violência relacionada com a extração ilegal de minérios e os impactos na lavoura e na vida animal causados pela ocupação ilegal da floresta.

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“Foram identificados sete processos administrativos em que, mesmo diante de vários alertas sobre as violências sofridas pelo povo Yanomami entre os anos de 2019 e 2022, com o envio de recomendações e pedidos da ONU, da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), do MPF, entre outras entidades, o MMFDH se eximiu de responsabilidade, seja redirecionando casos de sua competência à FUNAI, à SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena), ao Ministério da Justiça, entre outros órgãos do governo, seja simplesmente manifestando não ser o tema de sua atribuição e devolvendo os casos aos remetentes”, afirma o documento.

Entre as denúncias, está a de ausência de visitas ao território indígena com oitivas com seus habitantes sobre o tema das invasões de garimpeiros e da insegurança alimentar na região. Segundo o documento, foram encontrados cinco processos administrativos no sistema da Funai dando conta de viagens de autoridades à Roraima para tratar dos Yanomamis. Em nenhum dos casos, contudo, segundo a Pasta dos Direitos Humanos de Lula comandada por Silvio Almeida, houve visitas in loco de representantes do governo à reserva indígena.

“Em nenhum dos casos, o objetivo era reunir informações sobre as denúncias de violência e conflitos ocasionados pela presença do garimpo, sobre segurança alimentar ou quaisquer outras demandas advindas dos e das indígenas da região, de modo que, de todas as cinco missões, nenhuma visita foi realizada ao território Yanomami, bem como não há registro de oitiva das comunidades. O tema ‘combate ao infanticídio’, por outro lado, foi recorrente nas justificativas de viagem”, diz o relatório.

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