A força-tarefa montada pelo governo federal para impedir a entrada da gripe suína no país já apreendeu 1,2 tonelada de produtos agrícolas em bagagens de passageiros no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Desde o início de agosto, oito agentes já fiscalizaram 294 bagagens de 84 voos, segundo o sindicato que representa os auditores federais agropecuários.
Entre os produtos de origem animal e vegetal irregulares apreendidos no período, os fiscais encontraram 14,2 quilos de carne suína, que poderiam ser vetores para a doença no Brasil.
A operação é formada por servidores do Ministério da Agricultura, com apoio de agentes da PF e da Receita.
A gripe, chamada tecnicamente como Peste Suína Africana (PSA), não atinge os humanos, mas tem potencial destrutivo para os rebanhos de porcos.
Apesar de o Brasil ter erradicado a praga nos anos 1970, o alerta soou depois de registros recentes da doença na República Dominicana, no Caribe.
Um estudo da Embrapa avaliou que a doença no Brasil, que é o quarto maior produtor e exportador de carne suína do mundo, poderia gerar prejuízo estimado em 5,5 bilhões de dólares no primeiro ano.