O Ministério da Defesa acaba de divulgar nota para confirmar que os comandantes da Marinha (almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior), do Exército (general Edson Pujol) e da Aeronáutica (tenente-brigadeiro do ar Antonio Carlos Moretti Bermudez) serão substituídos.
A decisão de demissão partiu do próprio governo, não dos comandantes. A conversa nesta manhã foi tensa, segundo interlocutores da Defesa.
“A decisão foi comunicada em reunião realizada nesta terça-feira (30), com presença do Ministro da Defesa nomeado, Braga Netto, do ex-ministro, Fernando Azevedo, e dos Comandantes das Forças”, diz a nota.
Nesta segunda, o Radar antecipou o movimento da cúpula militar, que passou a estudar a saída do cargo após o presidente Jair Bolsonaro demitir o então ministro da Defesa, Fernando Azevedo.
A saída de Azevedo foi lida como uma ação do presidente para tentar controlar politicamente as Forças Armadas. O Planalto estaria descontente com a falta de apoio político e com entrevistas e declarações de militares da ativa sobre temas que contrariam o governo, como a pandemia.
Na nota de despedida, Azevedo deixou claro que seu legado na Defesa era a preservação das Forças Armadas como instituições de Estado.