Jair Bolsonaro se elegeu em 2018 prometendo implementar uma tal “nova política”, que retiraria os órgãos estatais do controle de caciques partidários e seus esquemas políticos que tantos escândalos de corrupção produziram durante governos passados.
O discurso eleitoral mudou com Bolsonaro no Planalto e o Centrão, um consórcio de partidos fisiológicos, tomou conta do governo, e de estatais com gordos orçamentos como a Companhia do Vale do São Francisco, a Codevasf. Com a turma dentro da máquina fazendo o que sempre fez, a conta não demoraria a chegar, como chegou nesta quarta a Bolsonaro.
O presidente, que precisa desesperadamente de votos para alcançar Lula nas pesquisas, tem agora um novo escândalo de corrupção no governo, com direito a pacotes de dinheiro apreendidos pela Polícia Federal.
A PF foi às ruas nesta quarta para apurar suspeita de fraudes em contratos da empreiteira Construservice com a Codevasf. No endereço de um dos alvos, os investigadores encontraram 1,3 milhão de reais em dinheiro vivo.
A operação cumpriu 16 mandados de busca e apreensão na superintendência do Maranhão. O empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como “Imperador”, foi preso. A PF investiga crimes de fraude em licitação, lavagem de dinheiro e associação criminosa.