‘Engavetador’ da Era Cabral planeja assumir o comando da Alerj
André Corrêa é candidato à presidência da Casa
Candidato a presidente da Alerj, o deputado André Corrêa (DEM) foi líder e homem forte do segundo governo Cabral.
Na época, uma das principais trincheiras de atuação era a Comissão de Constituição e Justiça.
Lá, Corrêa ficou conhecido pela pouca celeridade com que tratava de assuntos sensíveis ao governo.
Nada menos que 74 projetos ficaram esquecidos em sua gaveta até o fim da legislatura, quando foram arquivados como manda o regimento.
Desses, cerca de 20 tratavam de temas ligados às concessionárias de transportes públicos.
Um deles, de 2013, mudava o artigo da lei do Bilhete Único que permitiu à Fetranspor embolsar cerca de R$ 90 milhões em 2017.
O problema foi uma das pontas do novelo desfiado pela Lava-Jato no Rio, que culminou com a prisão de empresários e políticos graúdos.
O projeto só andou depois que os procuradores bateram à porta do Palácio Tiradentes, em 2017.
Outra proposta, apresentada eque ficou esquecida na gaveta de Corrêa até ser arquivada em 2015, determinava a divulgação do patrimônio do governador, vice, secretários e fiscais de renda, entre outros.
O enriquecimento de agentes públicos estaduais acabou comprovado pela Lava-Jato.