Em meio a tensão, Senado aprova novas embaixadoras na Guiana e Venezuela
As duas diplomatas foram indicadas pelo presidente Lula, em outubro e novembro, respectivamente
Em meio à tensão internacional por conta da tentativa da Venezuela de incorporar o território de Essequibo, que hoje pertence à Guiana, o plenário do Senado aprovou nesta terça as duas indicações do presidente Lula para comandar as embaixadas do Brasil nos dois países.
Indicada em novembro, a diplomata Glivânia Maria de Oliveira foi aprovada para servir na Venezuela com 41 votos favoráveis, um contrário e duas abstenções. Escolhida para ser embaixadora na Guiana em outubro, Maria Cristina de Castro Martins obteve 49 votos a favor, um contra e duas abstenções.
As duas foram sabatinadas conjuntamente na Comissão de Relações Exteriores do Senado, também nesta terça. O plenário também aprovou indicações para as embaixadas brasileiras em Omã e em Trinidad e Tobago.
Questionada na CRE sobre o possível conflito da Venezuela com a Guiana, Glivânia afirmou que vê a situação com preocupação, mas que está atenta a uma reunião entre os presidentes Nicolás Maduro e Irfaan Ali, para discutir a disputa territorial. Atual diretora do Instituto Rio Branco do Itamaraty, a ela já serviu nas embaixadas em Varsóvia (Polônia), Londres (Reino Unido) e Assunção (Paraguai), e chefiou o Consulado-Geral em Boston (EUA) e a embaixada no Panamá.
Em sua manifestação, Maria Cristina defendeu uma solução pacífica para a disputa territorial com a Venezuela e também destacou oportunidades na promoção do comércio de investimentos, como a a descoberta de hidrocarbonetos na Guiana. A diplomata ingressou já atuou como assessora da Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos do Ministério das Relações Exteriores e atualmente está lotada no Departamento de Imigração e Cooperação Jurídica.