Um dos principais articuladores da frente de partidos de centro e de esquerda que passou a conversar para atuar contra Jair Bolsonaro, o governador do Maranhão, Flávio Dino, avalia que o presidente cometeu tantos erros na condução do governo, que conseguiu mudar a própria história do que será a eleição de 2022.
Bolsonaro se recusou a presidir o Brasil na luta contra a pandemia. Optou pelo confronto com governadores, prefeitos e chegou a flertar com um golpe militar que afrontasse decisões do STF e do Congresso. A interferência na Saúde, com demissões de ministros e dinheiro gasto em cloroquinas da vida produziu a trista marca de 300.000 mortos na pandemia.
Para Dino, a tragédia sem precedentes na história do país levou forças divergentes, como PT e PSDB, a se unirem contra o caos instalado no país a partir do Planalto. Na visão de Dino, 2022 será um grande julgamento.
“A eleição de 2022 será um plebiscito sobre Bolsonaro. Todos contra tudo isso que está aí. O povo vai votar sim ou não para o Bolsonaro. Se quer continuar nesse caos ou seguir em frente. Bolsonaro não tem mais como fugir desse plebiscito”, diz Dino.
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