Eike Batista corre contra o tempo para levantar recursos e evitar prisão
Empresário precisa pagar cerca de 800 milhões de reais em delação premiada
Eike Batista está tendo problemas para levantar os recursos que prometeu para evitar a venda das debêntures emitidas pela AngloAmerican na falência da MMX — e evitar sua prisão.
Isso porque os fundos da Faria Lima não concordaram com a avaliação de 350 milhões de dólares do Banco BR Partners. O montante é visto como crucial para que o empresário consiga pagar sua delação premiada, avaliada em cerca de 800 milhões de reais.
O juízo determinou que se o valor das debêntures não for depositado por Eike até 1º de julho, os valiosos papéis serão arrematados pelos fundos mútuos CarVal e Arena, conforme proposta da corretora Argenta Securities — pelo valor bem inferior de 612 milhões de reais.
Atualização às 19h30 desta sexta-feira, 24/06; após a publicação da matéria, a defesa de Eike Batista enviou o seguinte posicionamento à coluna:
“A defesa de Eike Batista repudia as manobras de um grupo que vem divulgando, de forma sistemática, informações equivocadas para tumultuar o leilão judicial das debêntures do empresário.
O movimento segue sempre o mesmo padrão, que é depreciar as debêntures com base em fontes anônimas e apontar supostos direitos exclusivos de uma off-shore em adquirir os ativos por preço vil.
A tentativa de obstruir um leilão judicial com informações falsas é manipulação ilícita do mercado financeiro e descabida afronta à Justiça brasileira.
Defesa jurídica de Eike Batista”