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Derrotas no Congresso deveriam servir de alerta para Lula

É hora de ouvir mais os aliados de centro, retomar pontes nos partidos da frente democrática e reduzir a carga de esquerda na agenda do Planalto

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 Maio 2024, 06h01
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  • Plenário da Câmara Federal em Brasília
    Bolsonarismo atropelou a articulação política do governo e expôs a fragilidade parlamentar do presidente da República (Rodolfo Stuckert/Agência Câmara/VEJA)

    O presidente Lula definiu-se, outro dia, como um herói nacional. Seus poderes para fazer o impossível, no entanto, foram desmoralizados nesta terça, quando o Congresso, num consórcio de partidos do centrão com o bolsonarismo, impôs uma série de derrotas ao Planalto. A impotência da articulação política do petista — o governo teve pouco mais de 100 votos na Câmara e cerca de 20 no Senado — deveria levar a mudanças tanto na composição do governo quanto na postura de Lula, mas dificilmente algo ocorrerá.

    Lula venceu Jair Bolsonaro em 2022 por uma margem apertada de votos. Só chegou onde está porque teve o apoio da finada frente ampla de partidos que o próprio petismo tratou de esmagar quando voltou ao poder. Hoje, os aliados eleitorais de Lula estão desmoralizados em diferentes frentes. O ajuste fiscal, que seria vitrine, respira por aparelhos. Nomes importantes como o de Marina Silva e de Simone Tebet não têm espaço nos palácios dominados por petistas. Lula segue rodeado pelos conselheiros de sempre.

    Sem paciência para ouvir os aliados de outros tempos, perdeu interlocutores no MDB, no PSB e em outros partidos que poderiam votar com o governo eventualmente. Em outros tempos, seria difícil ver deputados do centrão detonando o inquilino do Planalto com tanto destemor como se viu nesta terça.

    O pagamento garantido de emendas parlamentares acabou com medo que existia no Legislativo. Sem ter mais a força do velho toma-lá-dá-cá, Lula deveria operar pela política, gastando saliva, vendendo simpatia e investindo tempo para cooptar aliados. O petista, no entanto, tem mais sete viagens internacionais em seu roteiro apenas neste segundo semestre. Perder tempo com deputado e senador não está nos planos.

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    Vai cuidar de tudo, menos dos assuntos vitais ao país. Com a popularidade no mesmo patamar de sua rejeição, Lula não consegue nem meter medo em aliados menos fieis, que votaram nesta terça junto com a oposição em temas que são caros para o eleitorado, como o fim das saidinhas e o veto à criminalização das fake news.

    Todos os governos anteriores, em algum momento, perderam votações no Parlamento. O ocorrido nesta terça não é o fim do mundo para o petista, mas deveria servir de alerta. É hora de ouvir mais os aliados de centro, retomar pontes nos partidos da frente democrática eleitoral que se formou contra Jair Bolsonaro e reduzir a carga de esquerda na agenda do Planalto.

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