Deputados querem chamar Daronco, Rizek e 12 cartolas da série A para CPI
Requerimentos variam de compartilhamento da investigação do MP-GO à cessão de agentes da PF e do Coaf
A CPI da manipulação no futebol ainda não aprovou seu plano de trabalho, mas deputados que a integram já apresentaram requerimentos para chamar à comissão o árbitro Anderson Daronco, o jornalista André Rizek, apresentador do Grupo Globo, e presidentes de 12 clubes da série A do Campeonato Brasileiro.
Até agora, integrantes do colegiado fizeram 87 requerimentos. Desses, 67 têm o objetivo de convocar personagens, principalmente jogadores investigados por participação no esquema de apostas.
Há, também, pedidos de acesso ao acervo da operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, realização de audiências públicas e cessão de agentes da PF, da CGU e do Coaf para assessorar a CPI. Todos precisam ser votados.
Como mostrou o Radar, o plano de trabalho do relator da comissão de inquérito, Felipe Carreras (PSB-PE), deve incluir a investigação de possíveis manipulações em todas as séries do Brasileirão e convites ou convocações a clubes, árbitros, casas de apostas e à CBF.
Um dos colegas que se adiantou à análise das diretrizes para o funcionamento da comissão é Luciano Vieira (PL-RJ), que quer convocar os presidentes dos 12 clubes da primeira divisão patrocinados por casas de apostas. Também partiu dele o pedido para ouvir o árbitro Anderson Daronco.
No requerimento para chamar André Rizek à CPI, Márcio Marinho (Republicanos-BA) diz querer que o jornalista fale sobre as semelhanças entre o atual esquema de manipulação de apostas e a Máfia do Apito do Brasileirão de 2005, revelada por VEJA.