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O deputado federal Marlon Santos (PDT-RS) viaja todo mês para o Uruguai, onde o cultivo e o comércio da maconha são liberados, e traz de forma ilegal para o Brasil três vidrinhos de canabidiol. Para não ser molestado por fiscalização, Marlon se vale da imunidade parlamentar.
Essa revelação estarrecedora foi feita pelo próprio deputado durante uma audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara, na última quarta-feira. Ali, os ruralistas discutiam o uso medicinal da cannabis sativa, seus benefícios e consequências.
Ao seu lado, na mesa, estava o delegado Marcos Paulo Pimentel, chefe do Setor de Repressão a Desvio de Produtos Químicos, a Drogas e Facções Criminosas da Polícia Federal.
Na sua fala, Marlon Santos admite abertamente que traz “escondido” e de forma “ilegal”. O canabidiol é uma substância da maconha, que tem sido explorada para fins medicinais.
Ele conta ainda que aproveita a viagem para comer uma parrilla (churrasco uruguaio).
“Eu, pessoalmente, vou todo mês no Uruguai comprar canabidiol escondido, até agora, para duas pessoas que até então com indicação médica, não conseguiam ter acesso porque, para transportar para o Brasil é R$ 9 mil que uma transportadora cobra. Três vidrinhos de canabidiol. Então eu vou a Rivera, como uma parrilla, e pego ilegalmente o canabidiol. E trago comigo. Sou deputado federal, o que que eu vou fazer, né? Posso usar essa imunidade para isso”, contou Marlon Santos.
Rivera é uma cidade uruguaia na fronteira com o Brasil.
O delegado Marcos Pimentel contou que a liberação da maconha no Uruguai impactou no consumo no Brasil e na segurança pública, aumentando a fiscalização de rotas no Rio Grande do Sul.
Abaixo a declaração do deputado admitindo que compra canabidiol de forma ilegal no Uruguai.
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