O deputado gaúcho Sanderson (PSL-RS) apresentou projeto na Câmara para obrigar a Casa a destinar, todo fim de ano, o dinheiro que sobra da verba indenizatória de gabinete das excelências ao “custeio de políticas públicas voltadas ao atendimento de pessoas com autismo”.
A ideia é boa, mas não é nova. Há outras propostas que falam em usar os restos da verba que garante uma vida de mordomias aos deputados para custear despesas de hospitais e outros setores.
Pelo texto de Sanderson, cada deputado poderia, no fim do ano, indicar uma entidade como beneficiária das sobras do gabinete.
Trata-se de algo bom no discurso, mas inútil na prática. Como o próprio deputado reconhece no projeto, a turma da Câmara gosta de torrar o dinheiro público. No fim do ano, sobra muito pouco para fazer a diferença.
“Segundo dados da União Interparlamentar, organização internacional que estuda os legislativos de diferentes países, o Brasil tem o segundo Congresso Nacional mais caro do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos”, diz.