Foi protocolada na noite de ontem na Mesa da Câmara a primeira representação a favor da cassação do mandato da deputada Flordelis (PSD-RJ). O autor é o deputado Léo Motta (PSL-MG), um parlamentar da base do governo Bolsonaro.
Ex-investigador da Polícia Civil de Minas, Motta, como a deputada, é evangélico e também um cantor gospel.
Flordelis foi indiciada essa semana acusada de ser a mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, de ter comprado a arma do homicídio e também de tentar matá-lo com veneno em suas refeições.
Motta diz na ação que, num primeiro momento, todos os parlamentares se “solidarizaram com o sofrimento da viúva e de seus 55 filhos”.
Mas depois, conta no seu pedido, que a polícia não se convenceu e que “havia uma trama familiar obscura que envolvia briga por dinheiro, traição e suspeita de envenenamento”.
O deputado mineiro diz que Flordelis sempre procurou passar uma imagem de um “mulher cristã, comprometida com a vocação de adotar filhos e preocupada com a família, enquanto ao mesmo tempo, tinha uma postura que, a serem comprovadas as denúncias do inquérito policial, denota um coração perverso e inclinado ao crime, o que, por si só, se constitui em quebra do decoro parlamentar”.
Para ele, “diante da avalanche de provas”, fica evidente que Flordelis não tem condições de permanecer no cargo.