O petista João Vaccari Neto responde por uma emaranhado de traficâncias, que vão de pedidos de doações em caixa 2 a exigências de repasses de propina. Dentro do partido, porém, ele é visto como um quadro orgânico, fiel à legenda.
Ex-diretor da Dersa, o engenheiro Paulo Preto é suspeito de desempenhar papel semelhante para o PSDB de São Paulo.
Enquanto Vaccari resiste a negociar com o Ministério Público para contar o que sabe, Preto abriu conversas com os investigadores para delatar.
Mas, aos olhos de seus correligionários, há outras diferenças entre o tucano e o petista.
Antes mesmo de a Lava Jato explodir e Paulo Preto começar a negociar a delação premiada que tira o sono de José Serra e Aloysio Nunes, ele era apontado como dono de uma característica particular.
Nos bastidores, tucanos do Congresso lembram que, frequentemente, parte das quantias doadas a eles por meio de Preto mesteriosamente sumia.
Difícil será encontrar um peessedebista disposto a denunciá-lo por isso.
(Atualização: A assessoria de imprensa de Paulo Preto entrou em contato para afirmar que ele nunca solicitou, arrecadou ou recebeu recursos de qualquer natureza destinados a políticos).