Chamou a atenção o lapso entre a data da decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves que autorizou a operação realizada nesta quarta-feira contra o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, e a deflagração de fato das medidas de busca e apreensão.
O despacho do ministro é de 10 de setembro. Mas ao deferir a medida cautelar, Benedito argumentou haver fundadas razões para as diligências, por estarem presentes a “existência de crimes em situação concreta e o risco de prejuízo à investigação, caso não fossem imediatamente realizadas”.
O governador é investigado por suspeitas de desvios em contratos na área da Saúde e o inquérito da Procuradoria-Geral da República tramita no STJ desde junho. O pedido apresentado a Benedito pela subprocuradora Lindôra Araújo teve como base conversas de aplicativos de mensagens, interceptações telefônicas, quebras de sigilo e depoimentos.
ASSINE VEJA
Clique e AssineDe acordo com Benedito, elementos colhidos até o momento indicam supostos ilícitos na aquisição emergencial, pelo governo do estado, de respiradores pulmonares no valor de 33 milhões de reais pagos com possível sobrepreço.