Um dos mais fiéis defensores de Jair Bolsonaro no Congresso, o deputado Marco Feliciano transformou numa marca do seu atual mandato o uso das redes sociais para mandar os recados que o chefe da República não ousaria mandar.
Nesta quarta, por exemplo, Feliciano mirou no ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello. O motivo? O decano da Corte criticou, na Folha de S.Paulo, a postura de Bolsonaro ao compartilhar, no WhatsApp, convites para manifestações contra o Congresso.
“O presidente da República, qualquer que ele seja, embora possa muito, não pode tudo, pois lhe é vedado, sob pena de incidir em crime de responsabilidade, transgredir a supremacia político-jurídica da Constituição e das leis da República”, disse Mello ao argumentar que Bolsonaro não estaria “à altura do cargo”.
Foi o suficiente para Feliciano revidar: “O decano Celso de Mello presta desserviço para magistratura nacional! Foi o pioneiro nessa postura indecorosa e ilegal de juízes se manifestarem fora dos autos e fazerem política. Quando a Justiça desce para a planície da política, perde sua isenção e, por isso mesmo, sua legitimidade!”